GUATEMALA, 15 de jul de 2015 às 15:56
Com apenas doze anos, Ángel Ariel Escalante Pérez tomou uma decisão que acabou sendo, literalmente, de vida ou morte. Os membros de uma gangue ameaçaram o menino de morte, caso não matasse o motorista de um ônibus. Ángel negou-se a assassiná-lo, então foi jogado do alto de uma ponte, ficando gravemente ferido e depois de 15 dias de agonia, finalmente faleceu. Essa é a sua história.
No dia 18 de junho aproximadamente às 13 horas, um grupo de vizinhos do assentamento Jesus da Boa Esperança, localizado sob a ponte Belice, na zona 6 da Cidade de Guatemala, encontraram o menino gravemente ferido.
Membros de uma gangue o lançaram da ponte. Os paramédicos assinalaram aos meios locais: “ O menino contou que queriam que matasse um motorista e como se negou, o atiraram da ponte”.
O porta-voz dos Bombeiros Municipais, Javier Soto, comentou que os ramos das árvores e o matagal da área amorteceram a queda de Ángel e foi encontrado com as duas pernas fraturadas.
"A queda foi de aproximadamente uns 125 metros. Normalmente, as pessoas que caem ou se jogam desta ponte não sobrevivem", disse Soto.
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Nas redes sociais está sendo difundida uma foto na qual o menino abraça o seu pai, logo depois do seu resgate.
Depois de permanecer durante 15 dias em cuidados intermediários, Ángel Ariel faleceu no Hospital Geral San Juan de Dios.
Ángel Ariel Escalante Pérez estava na sexta série do ensino fundamental na escola Carlos Benjamim Paíz Ayala, próximo ao lugar onde foi jogado. Gostava de desenhar, de escutar música e de futebol.
Logo depois do seu velório na Guatemala, foi levado a Managua (Nicarágua), lugar no qual foi enterrado, na mesma tumba que seu tio, assassinado em 2007.