ROMA, 22 de jul de 2015 às 13:25
Dom Louis Rafael Sako, Patriarca da Babilônia dos Caldeus, insistiu sobre a difícil situação que oprime os cristãos no Iraque e denunciou a comunidade internacional que, somente observa e condena o Estado Islâmico (ISIS), mas não tome ações concretas para deter este grupo terrorista.
O Prelado recordou ao governo iraquiano seu dever de proteger todos os cidadãos, especialmente os cristãos, porque são a minoria mais frágil e um objetivo direto de ataque do Estado Islâmico (ISIS).
"É escandaloso que a comunidade internacional unicamente observe e pronuncie algumas palavras de condenação, enquanto nós esperamos uma ação séria para deter o Estado Islâmico e também mais ordem no Oriente Médio: Irã, Líbia, Síria, Iêmen, Líbano. Os que mais pagam e são vítimas da perseguição são os cristãos e não sabemos por que, o que acontece por detrás disso. Existem planos para desfazer-se dos cristãos?", expressou o Patriarca em declarações à Rádio Vaticano.
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O Patriarca Sako também criticou que as autoridades enviem exércitos a combater em Al-Anbar, Ramada e Mossul; mas descuide a segurança em Bagdá, onde existem diversos grupos mafiosos. “É realmente um desastre. Portanto, pedi ao governo que proteja as áreas onde existem cristãos: em duas semanas quatro cristãos foram sequestrados e dois assassinados, apesar de terem pago um enorme resgate", manifestou.
Sobre o êxodo de cristãos, o prelado disse que "as pessoas também fogem de uma maneira trágica, sem nada: nenhuma visão clara, não conhecem o Ocidente, o idioma, a tradição, a sociedade, a moral”.
“Acabo de voltar da França, onde quase um milhão de pessoas estão refugiadas. Estão um pouco perdidos, pois não conhecem o idioma, a mentalidade, os costumes e estão muito isolados. É uma situação muito triste", expressou Dom Louis.