WASHINGTON DC, 23 de jul de 2015 às 15:17
A promotora da iniciativa cidadã ‘Cuba Decida’, Rosa Maria Payá Acevedo, denunciou que os funcionários da nova Embaixada cubana nos Estados Unidos não a deixaram ingressar nesta terça-feira, para entregar uma carta na qual pedia o relatório de autópsia do seu pai, o líder opositor Oswaldo Payá falecido há três anos em um acidente de automóvel cercada de circunstâncias suspeitas. Opositores dizem que Payá foi assassinado.
"Estive no edifício que chamam embaixada cubana, mas esta não se comporta como embaixada cubana, porque não abre a porta aos cidadãos cubanos", disse Rosa Maria à agência EFE.
Estados Unidos e Cuba reabriram na última segunda-feira suas embaixadas, após cinco décadas de distanciamento. Rosa Maria afirmou que queria entregar uma carta dirigida ao ministro de Saúde Pública de Cuba, Roberto Morales, pedindo o relatório de autópsia do seu pai e também do dissidente Harold Cepero, ambos falecidos no dia 22 de julho de 2012.
"Não só não me atenderam, como também no momento na qual abriram a porta, após ter feito um gesto pedindo entrar, saíram uns homens muito agressivos e me disseram que fechasse a porta e que a minha entrada não era permitida", assinalou a filha de Oswaldo Payá.
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"Parece que os trabalhadores da embaixada chamaram a polícia, não sei com qual desculpa. A polícia se aproximou de mim e me perguntou, disse-lhes que eu era cubana e somente queria entregar uma carta, e então foram embora", adicionou.
Rosa Maria Payá assinalou: “nunca acreditei na boa vontade do Governo cubano, nem nos seus representantes, mas é necessário destacar que, esta é uma clara evidência de que essa embaixada não está aberta para os cubanos”.
"As relações diplomáticas começaram, mas definitivamente o seu interesse não é defender os interesses dos cidadãos de Cuba", acrescentou Rosa Maria.