Durante a Oração do Ângelus na Praça de São Pedro, o Papa Francisco assegurou ontem que o “verdadeiro significado da nossa existência terrena está no final desta, na eternidade”, em nosso encontro definitivo com Jesus.
 
O Santo Padre recordou o trecho do Evangelho de São João, no qual, após a multiplicação dos pães, todos procuravam por Jesus e finalmente O encontram em Cafarnaum”.
 
Jesus bem compreende o porquê de tanto entusiasmo em segui-lo e revela com clareza: “Vocês me procuram não porque viram sinais, mas porque comeram aqueles pães e ficaram saciados”, disse o Pontífice.
 
Em seguida expressou: “Na verdade, aquelas pessoas não entenderam que aquele pão era a expressão do amor de Jesus”. Deram mais valor àquele pão que ao seu doador”.
 
O Papa Francisco indicou: “Diante desta cegueira espiritual, Jesus evidencia a necessidade de ir além do dom e descobrir, conhecer o doador. Pois Deus é o dom e também o doador, é o mesmo”.
 
“E assim, daquele pão, daquele gesto, convida a abrir-se a uma perspectiva que não é somente aquela das preocupações diárias de comer, vestir-se, do sucesso, da carreira”. 
 
Jesus fala de um alimento que não é corruptível e que faz bem procurar e acolher. Disse ainda o Santo Padre: “Trabalhai, não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que permanece para a vida eterna, alimento que o Filho do Homem vos dará. Quer dizer, trabalhem, procurem a salvação, o encontro com Deus”.
 
“Com estas palavras, nos quer fazer entender que, além da fome física, o homem traz em si outra fome, todos nós temos essa fome mais importante, que não pode ser saciada com um alimento ordinário”.
 

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“Trata-se de fome de vida, fome de eternidade que somente Ele pode satisfazer, sendo Ele o ‘pão da vida’”.
 
O Papa sublinhou que “Jesus não elimina a preocupação e a procura pelo alimento de cada dia e de tudo aquilo que pode fazer a vida melhor”.
 

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“Mas Jesus nos recorda que o verdadeiro significado da nossa existência terrena está na eternidade e que a história humana com os seus sofrimentos e suas alegrias devem ser vistas em um horizonte de eternidade, isto é, naquele horizonte do encontro definitivo com Ele”.
 
O Pontífice assegurou: “este encontro com Jesus ilumina todos os dias de nossa vida. Se nós pensarmos neste encontro, neste grande dom, nos pequenos dons da vida, inclusive nos sofrimentos, as preocupações serão iluminadas pela esperança deste encontro”.
 
O Papa recordou que Jesus diz: “Eu sou o pão de Vida. Quem vem a mim nunca mais terá fome e o que crê em mim nunca mais terá sede”.
 
É a referência à Eucaristia – refletiu o Papa –, o dom maior que sacia alma e o corpo. “Encontrar e acolher Jesus em nós, ‘pão da vida’, dá significado e esperança ao caminho, muitas vezes tortuoso, da vida”.
 
“Mas este ‘pão de vida’ nos é dado com uma tarefa, quer dizer, para que possamos saciar a fome espiritual e material dos irmãos, anunciando o Evangelho em qualquer parte. Com o testemunho de nossa atitude fraterna e solidária para o próximo, façamos presente Cristo e seu amor em meio dos homens”.
 
Ao concluir, Francisco expressou seu desejo de “que a Virgem Santa nos sustente na busca e no seguimento do seu Filho Jesus, o ‘pão verdadeiro’, o ‘pão vivo’ que não se acaba e dura para a vida eterna”.