REDAÇÃO CENTRAL, 4 de ago de 2015 às 14:03
“Se bem se compreendesse o que o sacerdote é na terra, morrer-se-ia, não de medo, mas de amor. [...] O sacerdócio é o amor do Coração de Jesus”, afirmou São João Maria Vianney sobre os padres. E, nesta terça-feira, ao celebrar o Dia do Padre, a Igreja reza de modo especial por esses homens que atendem ao chamado de Deus e continuam “a obra da redenção na terra”, como explicou o mesmo santo.
O Dia do Padre é celebrado em 4 de agosto devido à comemoração litúrgica de São João Maria Vianney, considerado padroeiro dos padres. O Santo Cura D’Ars enfrentou grandes problemas no caminho da formação presbiteral, em virtude de suas dificuldades em relação aos estudos. Como padre, destacou-se pela obediência, caridade, piedade e perseverança na fé em Cristo. Tornou-se num dos mais famosos confessores da Igreja Católica. Por isso, em 1929, foi proclamado pelo Papa Pio XI como “homem extraordinário e todo apostólico, padroeiro celeste de todos os párocos de Roma e do mundo católico”.
No Brasil, onde agosto foi instituído como o mês vocacional, cada domingo e dedicado a uma vocação específica, sendo no primeiro o ministério ordenado, pela proximidade com o Dia do Padre e do Santo Cura D’Ars. Por isso, recordando esta data, o Arcebispo de Porto Alegre (RS) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB, Dom Jaime Spengler escreveu uma Carta para presbíteros.
No texto, o Prelado manifesta reconhecimento e gratidão aos serviços realizados “nas diversas Igrejas Particulares, em comunhão com os respectivos bispos”.
Dom Spengler explica ainda quem são os sacerdotes. Segundo ele, trata-se de “homens chamados pelo Senhor para anunciar a todos a Boa-Nova da salvação, através do anúncio, da celebração dos mistérios e do testemunho pessoal de vida”.
Citando o Papa Francisco, o Arcebispo sublinha a missão evangelizadora dos padres: “a evangelização supõe sair de si mesmo; supõe a dimensão do transcendente, da adoração de Deus, da contemplação, sempre associada ao movimento de ir ao encontro das pessoas, da gente”, afirmou, ao descrever que esta proximidade deve ser “cordial, de amor, concreta, física, estar com”.
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Mas, Dom Jaime Spengler alertou para a necessidade de mais “trabalhadores para a vinha do Senhor”, pois, conforme lembrou, “messe é grande, os desafios enormes!”. Diante disso, reforçou o pedido de orações pedindo “ao Senhor da vinha que suscite no coração de muitos jovens, o desejo de abraçar o ministério ordenado!”.
Dom Spengler celebrou o Dia do Padre com seu clero, na Arquidiocese de Porto Alegre, na segunda-feira, 3. No Seminário Menor São José, em Gravataí, presidiu a Santa Missa, seguida de confraternização. Na ocasião, foi comemorado ainda os 25 anos de ordenação presbiteral de oito padres, entre eles o próprio Arcebispo.
Na Arquidiocese de Belo Horizonte (MG), a data também foi comemorada com antecedência, no sábado, 1º. A Basílica do Santo Cura D’Ars acolheu a confraternização que reuniu o Arcebispo, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, Bispos auxiliares, clero e parentes. Dom Walmor presenteou as famílias com o Devocionário a Nossa Senhora da Piedade e ressaltou que a publicação é um instrumento de evangelização. “Por meio desses momentos devocionais nosso coração entra em sintonia com o coração de Deus”, disse.
Nesta terça-feira, em diferentes locais do país, a data também foi recordada. Na Arquidiocese de Passo Fundo (RS), por exemplo, cerca de 70 padres e religiosos participaram do encontro em celebração ao Dia do Padre, na Casa de Retiros. O momento marcou a primeira reunião do clero da Arquidiocese com Dom Paulo de Conto, administrador apostólico.
Dom Conto presidiu a Missa ao lado dos Arcebispos eméritos Dom Antonio Carlos Altieri e Dom Pedro Ercílio Simon, e do Bispo emérito, Dom Urbano Allgayer. Na celebração, o administrador destacou a importância da comunidade para que o presbítero desempenhe bem a sua função. “Para o padre ser o rosto de Deus, a voz, os pés, as mãos e o coração de Cristo, o povo de Deus tem que assumir, ajudar, apoiar, rezar, defender, perdoar e promover a vida do sacerdote. Nas mãos da comunidade está o sucesso de todo e qualquer presbítero. Por sua vez, o padre tem a tarefa de fazer com que o seu povo seja também expressão de Deus, para que todos vivam na paz, perdão, solidariedade e caridade”, concluiu o Bispo.