O governante Partido Democrata, ao qual pertence o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, evitou ontem a aprovação de um projeto de lei no Senado que procurava retirar os 528 milhões de dólares que a Planned Parenthood recebe, provenientes dos impostos dos contribuintes.

Desde o mês passado, diversos vídeos gravados através de câmeras escondidas e difundidos pelo Center for Medical Progress (CMP, Centro para o Progresso Médico) revelaram que a Planned Parenthood trafica órgãos de bebês abortados em suas instalações. As denúncias motivaram investigações em mais de dez estados e no Congresso dos Estados Unidos.

O projeto de lei S. 1881, apresentado pela senadora do Partido Republicano Joni Ernst, necessitava 60 votos para ser aprovado e 66 para sobrepor-se ao veto do presidente Barack Obama.

O Partido Democrata foi fortemente financiado pela Planned Parenthood. Durante sua campanha de reeleição em 2012, o mesmo Barack Obama recebeu mais de 1,7 milhões de dólares da multinacional abortista.

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O Partido Republicano, que majoritariamente apoiou o projeto de lei, conta com 54 dos 100 integrantes do Senado. Outros 44 pertencem ao Partido Democrata e 2 deles são independentes.

Somente dois senadores republicanos asseguraram nos últimos dias que votariam contra cortar o financiamento público da Planned Parenthood: Mark Kirk e Susan Collins.

A proposta legislativa alcançou somente os 53 votos a favor e 46 contra.