REDAÇÃO CENTRAL, 9 de ago de 2015 às 08:51
Neste segundo domingo de agosto, comemora-se o Dia dos Pais e, na Igreja, celebra-se a vocação matrimonial. Mas, este é um dia sob ameaça, segundo o Arcebispo de Sorocaba (SP), Dom Eduardo Benes. Em seu recente artigo, “Homens Corajosos”, o Prelado alerta que “há quem queira relativizar a missão do pai e, consequentemente da mãe, da família enfim”.
O Arcebispo cita a tentativa de pessoas ligadas ao Ministério da Educação de abolir o dia dos Pais, “sob a alegação de que tal comemoração causa sofrimento às crianças privadas do afeto paterno”. Entretanto, sublinha que este não é principal motivo, e sim a relativização do binômio “homem-mulher como origem e espaço do desenvolvimento do ser humano”.
“Suprimir o dia dos pais é uma das nefastas consequências da pretensão de dar dignidade de matrimônio às uniões homossexuais”, constata.
No que diz respeito à alegação de que esta data gera sofrimento às crianças com pais ausentes, Dom Benes salienta que este sentimento não é causado pela comemoração, e sim pela ausência física e afetiva do pai. “E uma boa escola saberá cuidar dessas crianças”, declara.
O Arcebispo fala ainda sobre a missão dos homens em suas famílias e a importância da vivência da fé, apontando São José como modelo a ser seguido.
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Ele relembra que José amava Maria e viveu um drama ao saber de sua gravidez, mas para preservá-la, resolve ir para longe. Entretanto, o Bispo recorda que, informado em sonho de que a gestação de Maria era obra do Espírito Santo, José a acolheu e “entregou-se ao desígnio de Deus, consagrando sua vida ao menino e à sua santíssima esposa. Cuidou dela como quem cuida de um sacrário, com profundo respeito e veneração”.
“José, homem justo, amou, como ninguém o terá feito, sua esposa e o filho que lhe fora dado pelo Pai do céu. Ele assumiu, no tempo, o Filho de Deus feito ser humano. Não houve e nem haverá ninguém tão pai como José. Todo pai só é pai de verdade quando com a esposa assume, em verdadeiro amor, o filho gerado”, escreve o Prelado.
O Arcebispo destaca que os pais devem aprender com José a como exercer sua missão, ou seja, “ser sinal do Pai do céu”, de quem procede toda paternidade. “A vocação de São José foi a de representante do Pai Eterno junto a seu Filho Unigênito na terra. Por isso os autores místicos o chamam de ‘Sombra do Pai Celeste’, um privilégio especial só a ele concedido”, pontua.
Por isso, Dom Benes se dirige aos esposos e pais, recordando-os que são chamados a “revelar o mistério de Deus Pai para seus filhos”. Segundo ele, a relação dos pais “com seus filhos deve ser tal que lhes plante na alma uma experiência tão boa que lhes permita chamar Deus, com alegria e confiança, de Pai (papai), como Jesus”.