“A Imaculada Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre foi assunta em corpo e alma à glória celestial”. Assim definiu, o Papa Pio XII em 1950 através da Constituição Apostólica Munificentissimus Deus, este dogma que é celebrado solenemente neste dia 15 de agosto – a Assunção da Santíssima Virgem Maria. A Igreja no Brasil celebrará essa solenidade no domingo, 16.

O dogma da Assunção se refere a que a Mãe de Deus, ao cabo de sua vida terrena, foi elevada em corpo e alma à glória celestial.

Na celebração desta solenidade, em 2010, o Papa Bento XVI destacou a importância dessa data. “Nesta solenidade da Assunção, contemplamos à Maria: ela nos enche de esperança a um futuro repleto de alegria e nos ensina o caminho para alcançá-lo: acolher na fé o Seu Filho; nunca perder a amizade com Ele, deixando-nos iluminar e guiar pela Sua Palavra; segui-lo cada dia, inclusive naqueles momentos nos quais sentimos que nossas cruzes ficam pesadas. Maria, a arca da Aliança que habita no santuário do céu, nos indica com claridade luminosa que estamos em caminha à nossa verdadeira Casa, a comunhão da alegria e da paz com Deus”.

O Catecismo da Igreja Católica explica que “a Assunção da Santíssima Virgem constitui uma participação singular na Ressurreição do seu Filho e uma antecipação da Ressurreição dos demais cristãos” (966).

A importância da Assunção para homens e mulheres do começo do Terceiro Milênio da Era Cristã reside na relação que existe entre a Ressurreição de Cristo e nossa. A presença de Maria, ser humano como nós, que se encontra em corpo e alma já glorificada no Céu, é isso: uma antecipação da nossa própria ressurreição.

O Papa João Paulo II, em uma de suas catequeses sobre a Assunção, explicou isto nos seguintes termos:

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“O dogma da Assunção, afirma que o corpo de Maria foi glorificado depois de sua morte. Com efeito, enquanto para os demais homens a ressurreição dos corpos ocorrerá no fim do mundo, para Maria a glorificação do seu corpo se antecipou por singular privilégio”.

“Contemplando o mistério da Assunção da Virgem, é possível compreender o plano da Providência Divina com respeito a humanidade: depois de Cristo, Verbo Encarnado, Maria é a primeira criatura humana que realizou o ideal escatológico, antecipando a plenitude da felicidade prometida aos eleitos mediante a ressurreição dos corpos”, declarou São Jo0ão Paulo II, na audiência geral de 9 de julho de 1997.

Ao celebrar esta solenidade em 1997, João Paulo II indicou: “Maria Santíssima nos mostra o destino final dos que ‘escutam a Palavra de Deus e a cumprem’ (Lc. 11,28). Nos estimula a elevar nosso olhar às alturas onde se encontra Cristo, sentado à direita do Pai, e onde também está a humilde escrava de Nazaré, já na glória celestial”.

No Brasil, esta solenidade é marcada por um evento que foi proclamado patrimônio cultural imaterial do país, a Caminhada com Maria, em Fortaleza (CE), cidade que tem Nossa Senhora da Assunção como padroeira. A Lei Nº 13.330, sancionada neste ano, reconhece “a importância da Caminhada com Maria, como forma de expressão do patrimônio histórico-cultural-religioso brasileiro”.

Neste ano, o evento chega a sua 13ª edição, com o tema “Caminhamos com Maria, levados pela Caridade de Cristo”, e está inserido nas festividades do Jubileu Centenário da Arquidiocese de Fortaleza.  A procissão terá início às 12 horas, com a realização de uma Missa no Santuário Nossa Senhora da Assunção, e seguirá até a Catedral Metropolitana.

A expectativa é de que o evento reúna aproximadamente 2 milhões de fiéis, sendo meio milhão em peregrinação partindo do Interior do Estado. Durante o trajeto de 12 quilômetros haverá dez pontos de apoio espalhados no roteiro de peregrinação, com o trabalho de 2 mil jovens voluntários.