Roma, 21 de ago de 2015 às 11:50
O Pe. Khalid Rashid Asi exortou o governo do Paquistão a permitir que os cristãos que estão na prisão central de Faisalabad possam celebrar a missa dominical, assim que esta foi proibida pelos responsáveis deste centro, alegando problemas na segurança do local.
A página ‘In Terris’ informou ontem que a suspensão da Eucaristia foi denunciada por organizações de ativistas ante o Tribunal de Faisalabad, localizado na província de Punjab. Segundo o administrador da prisão, existem problemas de segurança e complicações ligadas à venda de drogas entre os presidiários.
Estas razões foram rejeitadas pelo Tribunal. Entretanto, os responsáveis pelo cárcere disseram que permitirão a celebração religiosa se for autorizada oficialmente pelo inspetor geral da prisão ou pelo Ministro do Interior paquistanês. Ante isto, o juiz dispôs que ambas as partes se dirijam às autoridades mencionadas. Atualmente o caso permanece a espera de um pronunciamento.
O advogado cristão e diretor da Ong ‘Peace for Nation International’, Hashmat Barat, assinalou que o que está ocorrendo “é uma clara violação do artigo 20 da Constituição do Paquistão, o qual declara que todo cidadão tem o direito de professar, praticar e difundir sua própria religião e todas as confissões ou grupos religiosos têm o direito de estabelecer, manter e administrar suas próprias instituições”.
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Barat assinalou que não retrocederá na defesa deste direito dos cristãos que estão presos. “Este exemplo de negação à liberdade religiosa (…) aumenta o sentimento de temor, privação, pessimismo, insegurança entre as minorias, sobretudo aos cristãos”.
Por sua parte, o sacerdote Khalid Rashid Asi disse que este novo episódio evidencia que “a liberdade religiosa no Paquistão normalmente é violada”. As discriminações baseadas na fé, impedem que os indivíduos desfrutem plenamente seus direitos humanos”, advertiu.
O Pe. Rashid assinalou ainda que “quando o governo nega a liberdade de culto, a consequência mais natural é o aumento das reclamações por parte dos grupos que sofrem as limitações. A falta de liberdade religiosa contribui também ao crescimento do nível de violência no aspecto social, econômico e vivencial”.
“O governo deve favorecer um clima de tolerância e respeito das minorias e assegurar através das leis que os direitos dos grupos minoritários sejam protegidos. O governo deve permitir aos cristãos que estão presos que celebrem a Santa Missa”, exortou o Pe. Rashid.