WASHINGTON DC, 30 de ago de 2015 às 09:00
Logo após de um grupo de hackers roubar e vazar na Internet a informação de mais de 39 milhões de usuários da página Ashley Madison –que oferece oportunidades para a casos extraconjugais– alguns blogs dos Estados Unidos assinalaram que também havia funcionários do Vaticano envolvidos no escândalo, o que não é verdade.
A verdade é que nenhum dos 222 correios que tinham o domínio .va (usado pelo Vaticano para suas páginas web) pertence a funcionários da Santa Sé. Resta então saber: por que tamanha quantidade de correios na informação vazada da página Ashley Madison com a extensão .va? É o que explica David Taylor da companhia prooffreader.com que repassou cada um dos endereços eletrônicos.
“O uso de cada um desses endereços eletrônicos revela que algo não anda bem. Acaso o Vaticano tem escolas com nomes de cidades na Virginia (Estados Unidos) ou com IPs com nomes iguais que no Canadá?”, questionou.
Segundo prooffreader.com quase todos os endereços eletrônicos com extensão .va tinham um equivalente com extensão .va.us ou va.gov, isto significa que esses usuários não eram do Vaticano mas do estado da Virginia nos Estados Unidos.
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Se o endereço não tinha um equivalente no governo da Virginia, o que aconteceu é que correspondiam a um endereço canadense (.ca.gov).
Somente um endereço tinha a extensão vatican.va em vez de .va; mas os funcionários do Vaticano usam correios eletrônicos que terminam com vatican.com.
David Taylor afirmou que embora foi criado na religião católica “me rebelei totalmente e não tenho nenhum interesse em proteger o Vaticano do escândalo, muito pelo contrário. Eu apoio a informação precisa”.