LISBOA, 31 de ago de 2015 às 16:29
O Santuário de Fátima, em Portugal, anunciou que a visita da imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima à Síria foi adiada, por questões de segurança. A viagem estava programada para o próximo dia 7 de setembro e atendia a um pedido de bispos daquele país.
Em nota divulgada em seu site, a reitoria do Santuário diz ter recebido na quinta-feira, 27, comunicado “da parte de Sua Beatitude o Patriarca Gregorios III, de Damasco, Síria, em que informa que, por se terem agravado muito as condições em Damasco, não considera oportuno realizar-se a visita antes solicitada da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima àquela Diocese”.
O Patriarca solicitou que “a visita seja adiada para uma data posterior, mais favorável”.
“Tendo o Santuário de Fátima anunciado aos meios de comunicação social, no passado dia 12 de agosto, que estava prevista essa visita da Imagem Peregrina a Damasco, nos dias 7 a 9 de setembro deste ano de 2015, vem agora comunicar o seu adiamento”, conclui a nota.
Ainda não foi divulgado uma possível data para que a visita da imagem peregrina seja concretizada.
Quando anunciou que a imagem peregrina a Síria, o Bispo de Leiria-Fátima (Portugal), Dom António Marto, havia explicado que esta era uma maneira de lutar contra o “fanatismo e a intolerância” que padecem os fiéis.
Desde o início da guerra civil, em março de 2011, há registo de mais de 240 mil mortos, na Síria, conforme o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH). Ainda de acordo com a ONG, 30 mil pessoas estão desaparecidas, sendo que 20 mil podem estar sob poder do governo e os outros devem estar nas mãos de jihadistas do Estado Islâmico (ISIS).
Dados da ONU apontam que metade da população síria foi deslocada pelos violentos combates e mais de 4 milhões de sírios fugiram do país.
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O Papa Francisco, por diversas vezes, lançou apelos a fim de que sejam tomadas medidas em relação à perseguição aos cristãos, principalmente no Oriente Médio. A última vez em que levantou a voz sobre este assunto foi após a oração do Ângelus de domingo, 30. “Peço à comunidade internacional que acabe com as violências e prevaricações”, disse.
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