Vaticano, 7 de set de 2015 às 11:33
O Papa Francisco pediu no ângelus deste domingo, 6, que todas as paróquias, comunidades religiosas, mosteiros e santuários da Europa, acolham famílias de refugiados que chegam nestes dias ao continente fugindo da perseguição religiosa e as guerras de seus países, entre eles Síria e Iraque. trata-se de uma das crises migratórias mais graves da história.
Nos últimos dias a imagem de Aylan, um menino sírio morto em uma praia da Turquia chamou a atenção sobre a quantidade de refugiados que estão deixando o Oriente Médio. Os países aonde se dirigiram muitos deles são a Alemanha, Áustria e Hungria, que assistem como cada dia chegam às suas fronteiras dezenas de milhares de refugiados, mas o resto de países membros da União Europeia estudam já medidas conjuntas para enfrentar este drama, uma das maiores tragédias humanitárias desde a II Guerra Mundial em termos de deslocados e refugiados.
Dos diferentes países serão distribuídos em acampamentos de acolhida. As dioceses também manifestaram seu desejo de acolher refugiados. A Arquidiocese de Viena (Áustria), por exemplo, promete acolher nas próximas semanas cerca de mil refugiados em suas instalações no centro da capital austríaca.
Logo depois de rezar o Ângelus, o Pontífice assegurou que “a Misericórdia de Deus vem reconhecida através de nossas obras, como nos testemunhou a beata Madre Teresa de Calcutá, ao recordar o aniversário de sua morte”.
Assim, “frente à tragédia de dezenas de milhares de refugiados que fogem da morte pela guerra e pela fome, e estão em busca de uma esperança de vida, o Evangelho nos chama a ser ‘próximos’ com os menores e abandonados. Dar-lhes uma esperança concreta”.
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O Papa pediu além que não só lhes diga “’Ânimo, paciência’!” porque “a esperança é combativa com a tenacidade de quem avança a uma meta segura”.
“Portanto –acrecentou o Pontífice–, na proximidade do Jubileu da Misericórdia, dirijo uma petição às paróquias, às comunidades religiosas, aos mosteiros e aos santuários de toda a Europa para expressar a concreção do Evangelho e acolham uma família de refugiados”.
Trata-se de “um gesto concreto como preparação para o Ano Santo”. “Que cada paróquia, cada comunidade religiosa, cada monastério, cada santuário da Europa hospede uma família, começando por minha diocese de Roma”, apelou Francisco.
Por último, “dirijo a meus irmãos bispos da Europa, verdadeiros pastores, para que em suas dioceses sustentem esta minha solicitude, recordando que Misericórdia é o segundo nome do Amor: ‘Tudo aquilo que façam a um só destes irmãos meus mais pequenos estarão fazendo para comigo ’”.
“Também as duas paróquias do Vaticano acolherão nestes dias a duas famílias de refugiados”, anunciou ao concluir.