Vaticano, 14 de set de 2015 às 08:45
Durante a Missa de hoje em Santa Marta, o Papa Francisco celebrou a Festa da Exaltação da Santa Cruz, pediu aos fiéis que olhem a realidade da Cruz de Jesus, muito distinta das “cruzes artísticas, bem pintadas”.
“Quando vemos Jesus na Cruz, e existem belas pinturas, mas a realidade é uma outra: estava todo rasgado, ensanguentado pelos nossos pecados”, recordou o Pontífice.
O Santo Padre explicou: “Este é o caminho que Ele tomou para vencer a serpente no seu campo. Olhar a Cruz de Jesus, mas não aquelas cruzes artísticas bem pintadas; olhar a realidade, o que era a cruz naquele tempo. E olhar o seu percurso e a Deus, que se aniquilou a si próprio, baixou-se para nos salvar”.
O Papa recordou ainda que o caminho do cristão exige a cruz. "Se um cristão quer avançar no caminho da vida cristã, deve abaixar-se, como se abaixou Jesus. É o caminho da humildade, sim, mas também para carregar sobre si a humilhação como carregou Jesus”.
Em seguida, o Pontífice encorajou aos católicos a pedirem a graça a Nossa Senhora de “chorar por amor, de chorar lágrimas de gratidão porque o nosso Deus tanto nos amou que enviou seu Filho” para “abaixar-se e aniquilar-se para nos salvar”.
Cuidado com o diabo
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Referindo-se às leituras do dia, o Santo Padre recordou que no livro do Gênesis o demônio mostra “a capacidade de seduzir” e através da Bíblia sabemos que “é um mentiroso, um invejoso, e por meio da inveja do diabo, da serpente, o pecado entrou no mundo”.
O demônio, advertiu ainda, “te promete muitas coisas, mas na hora de pagar paga mal, é um mau pagador. Mas tem esta capacidade de seduzir, de encantar”.
Entretanto, o Papa recordou que Cristo veio para assumir sobre si todos os nossos pecados e se tornou o maior pecador sem cometer nenhum. “Deus se fez homem e assumiu o pecado” e “mesmo sendo na condição de Deus, Jesus não considera um privilégio ser como Deus, mas esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de servo, tornando-se semelhante aos homens; humilhou-se e tornou-se obediente até a morte e morte de Cruz”.
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