Por Eduardo Berdejo
HAVANA, 22 de set de 2015 às 09:00
O Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, afirmou nesta segunda-feira que o Papa Francisco “realmente fez um grande serviço à Igreja em Cuba”, contribuindo a vitalizá-la e construindo o seu futuro.
Durante a coletiva de imprensa em Santiago de Cuba, o porta-voz vaticano destacou os elementos fundamentais desta visita, que não foram somente através das celebrações religiosas, mas também por meio dos encontros com bispos, sacerdotes e religiosos, o encontro com as famílias, e a centralidade da devoção Mariana que existe no povo cubano.
Nesse sentido, disse que vive a “experiência de uma Igreja muito forte em todos seus diferentes aspectos” e, de fato, “o Papa contribuiu verdadeiramente na vitalidade, na esperança da Igreja em Cuba e no seu futuro” e sua contribuição dentro da sociedade cubana.
“O serviço pelos frágeis, os pobres, é verdadeiramente central em todos os discursos do Papa e acho que a consciência de serviço da Igreja é importante não só para a Igreja, mas para o futuro da nação cubana”, afirmou.
Do mesmo modo, o Pe. Lombardi refletiu sobre a contribuição do Santo Padre na aproximação entre Cuba e Estados Unidos. Disse que é “um sinal de esperança do bem que acontecerá com a reconciliação entre os povos”.
A decisão do Pontífice em viajar aos dois países, prosseguiu, “é um sinal muito forte por impulsionar este processo, que o Papa sempre define como um processo que tem que continuar, que tem passos sucessivos” e deve ser feito a partir da contribuição de todos, de acordo com suas diferentes responsabilidades.
Durante a coletiva de imprensa, o porta-voz vaticano também fez uma recapitulação do que foi realizado pelo Pontífice em Holguín e em Santiago de Cuba e deu alguns detalhes de como seriam as suas próximas atividades durante o último dia da visita apostólica ao país.
O Pe. Lombardi explicou a história do Cristo de São Jerônimo de Las Tunas, que esteve presente durante a Missa em Holguín. Destacou que a autora reuniu os materiais com contribuições das pessoas e que antes de fechar a imagem, pediu à população que escrevesse em pequenos papéis mensagens e orações ao Senhor, os quais foram depositados dentro da escultura de madeira.
Além disso, disse que as quinze pinturas presenteadas ao Papa com imagens da Virgem do Cobre –acompanhadas por poemas cubanos dedicados a Maria – mostram a importância desta devoção Mariana para os cubanos.
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A respeito do encontro com os bispos, indicou que este durou entre 45 minutos e uma hora. Foi uma reunião informal, sem discurso, na qual o Papa marcou uma conversa “a fim de que os bispos tenham total liberdade de expressão sobre os problemas aos quais estão passando”.
Do mesmo modo, anunciou que no dia 22 de setembro começará um ano jubilar pelos cem anos da declaração da Virgem do Cobre como Padroeira de Cuba.
Em seguida falou da Missa de amanhã, recordou que será a primeira vez que um Pontífice celebrará a Eucaristia no Santuário da Virgem da Caridade do Cobre e destacou a presença dos membros das pequenas comunidades que conformam as Casas Missão; uma iniciativa impulsionada pela Igreja em Cuba, na qual os fiéis quem oferecem suas casas naqueles lugares que carecem de templos. Na ilha existem mais de 2.300 destas casas.
Finalmente, assinalou que na Catedral de Santiago de Cuba haverá um encontro com as famílias, o qual será um signo da união de todas as famílias, daquelas que permanecem na ilha e das que partiram para exílio. “O tema da família é importante para o Papa”, sobretudo no contexto do encontro na Filadélfia (Estados Unidos), concluiu.
Confira também:
TEXTO e VÍDEO: Encontro do Papa Francisco com os jovens de Cuba
