VATICANO, 23 de set de 2015 às 19:00
No dia 3 de setembro, líderes cristãos e muçulmanos do Oriente Médio assinaram uma declaração para “a libertação de todos os reféns, os civis sequestrados e os líderes religiosos” assim como “o retorno seguro dos deslocados e dos refugiados às suas casas e propriedades”.
Reunidos em Atenas (Grécia), a convite do Patriarca Ecumênico Bartolomeu I, com o tema “Unidos contra a violência em nome da religião”, os participantes realizaram uma declaração conjunta “a unanimidade de favorecer todas as iniciativas e as ações que ajudem nos direitos à cidadania de todos os povos, cristãos, muçulmanos e de outros grupos religiosos e etnias no Oriente Médio”.
A declaração foi realizada como protesto devido a perseguição religiosa dos cristãos e outras minorias em países como Síria e Iraque, onde o conhecido Estado Islâmico difunde o terror assassinando e pisoteando os direitos fundamentais da população.
Os líderes muçulmanos e cristãos denunciam por meio do texto os “atos cruéis destes violentos extremistas” derivados de “ideias totalmente incompatíveis com nossas culturas e nossa história comum” contra “os autênticos ensinamentos religiosos”.
“Estes crimes destroem a comunhão entre seguidores de diversas religiões e seguidores da mesma fé”. Em contraposição, “nossas religiões pedem a paz e a convivência”, asseguram.
A mensagem também manifesta que “todo patrimônio religioso e cultural é um tesouro insubstituível e parte integrante da cultura árabe e do Oriente Médio, enraizada em sua história, a qual contribui a vitalidade e a diversidade destas comunidades”.
Os líderes dizem que querem comprometer-se a “trabalhar juntos para construir ativamente a paz com a justiça e fazer tudo o que for possível” a fim de que os perseguidos “possam viver em liberdade e dignidade no Oriente Médio, como cidadãos de pleno direito”.
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E finalmente, fizeram um apelo renovado aos líderes religiosos e políticos, assim como a sociedade civil, a tomarem uma posição radical contra o crescente extremismo violento e o terrorismo que ameaçam séculos de convivência pacífica no Oriente Médio”.
Entre os participantes deste encontro, contaram com a presença do Secretário do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, Miguel Ángel Ayuso Guixot.
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