WASHINGTON DC, 24 de set de 2015 às 20:11
O Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, disse que o Papa Francisco “com certeza ficará muito feliz" com o acordo anunciado pelo governo colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), a fim de um acordo de paz no país.
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— Noticias Caracol (@NoticiasCaracol) septiembre 23, 2015
Durante a coletiva de imprensa realizada ontem à noite, o porta-voz vaticano disse: “o Santo Padre foi informado desta notícia. Esta é uma grande notícia esperada pelo mundo inteiro", assegurou o Pe. Lombardi.
Ontem, em Havana (Cuba), o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, e o chefe máximo das FARC, Rodrigo Londoño Echeverri, mais conhecido como Timochenko, anunciaram um acordo que poderia pôr fim às décadas de guerra interna no país sul-americano. Segundo informaram, ambas as partes tentam há seis meses alcançar o acordo de paz definitivo.
Em seguida, o Pe. Lombardi recordou: "no último domingo (durante sua visita a Cuba), o Papa fez um profundo apelo a não cessar o esforço a fim de obter a paz e a reconciliação para a “querida terra da Colômbia”. Talvez podemos conectar também estas boas notícias com este apelo feito pelo Pontífice no domingo".
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"É um sinal positivo, pois obviamente o Santo Padre está informado, exortou muitas vezes à reconciliação e com certeza está muito feliz pelo acordo", acrescentou o porta-voz vaticano.
O presidente Santos explicou à imprensa que, uma vez assinado esse acordo definitivo, haverá um prazo de 60 dias a fim de que os membros das FARC se desmobilizem.
Este acordo demanda a criação de uma jurisdição especial para os crimes cometidos durante o conflito armado. Por essa jurisdição, todos os delitos serão anistiados, com exceção das violações graves aos direitos humanos.
Aqueles que a acolham, terão penas de aproximadamente 5 a 8 anos em "condições especiais de restrição de liberdade". Mas aqueles que, sendo culpados não confessarem seus delitos, poderão ser condenados a até 20 anos de prisão.
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