VATICANO, 28 de set de 2015 às 16:20
Sua popularidade é evidente. Em todas as cidades as quais visitou em Cuba e Estados Unidos – especialmente na América do Norte –, milhares de pessoas saíram às ruas a fim de estar perto do Papa Francisco.
Apesar do enorme carinho que as pessoas lhe manifestaram e como consegue comover corações com gestos de caridade e misericórdia, o Pontífice esclareceu à imprensa, hoje, que não se sente uma ‘celebridade’, nem quer sê-lo porque um Papa somente deve ser um “servo dos servos”, enquanto as estrelas se apagam e caem.
Durante o voo papal da Filadélfia com destino a Roma, a última jornalista perguntou ao Papa: “É bom para a Igreja que o Papa seja uma celebridade?”
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O Santo Padre respondeu: “Sabes qual era o título que os Papas usavam e que se deve usar? Servo dos servos de Deus. É um pouco diferente de uma celebridade. As estrelas são bonitas de se ver, eu gosto de vê-las quando o céu está limpo no verão... Mas, o Papa deve ser – deve ser! – o servo dos servos de Deus. Sim, na imprensa se usa isso, mas há uma outra verdade: quantas estrelas vimos que depois se apagam e caem. É uma coisa passageira. Ao invés, ser ‘servo dos servos de Deus’, isso é bonito! Não passa! Não sei… Assim, penso eu”.
Esta não é a primeira vez que o Pontífice opina a respeito deste tema. Em uma entrevista publicada no dia 5 de março de 2014 no jornal italiano ‘Il Correr della Sera’ e ‘La Nación’, da Argentina, disse que “pintar ao Papa como se fosse uma espécie de Super-homem, uma espécie de estrela, me parece ofensivo. O Papa é um homem que ri, chora, dorme tranquilo e tem amigos como todos. É uma pessoa normal”.
Do mesmo modo, no dia 14 de setembro, em uma entrevista concedida a jornalista Aura Miguel, da Rádio Renascença (Portugal), ao ser perguntado sobre sua popularidade, o Papa disse: “E também Jesus, num certo momento, foi muito popular e, depois, acabou como acabou. Ou seja, ninguém tem garantida a felicidade mundana”.