SEVILHA, 28 de abr de 2005 às 11:36
O Arcebispo de Sevilha, Cardeal Carlos Amigo Vallejo, assinalou que a equiparação das uniões homossexuais ao matrimônio não é assunto terminado e terá que ver as reações daqueles que pela lei estão obrigados a executá-lo.
“Esta lei tem ainda um caminho que percorrer e depois terá que ver qual é a participação desses prefeitos e essas pessoas que têm que estar nessas uniões”, afirmou o Cardeal a um meio local.
O Arcebispo recordou que para a Igreja “o matrimônio é um sacramento que se realiza entre um homem e uma mulher” e é um conceito compartilhado com as demais confissões cristãs e a comunidade hebréia.
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Ao ser perguntado sobre se esse fato aumentará a brecha entre a Igreja e o Governo, o Cardeal assinalou que “nos problemas sérios é quando deve ressaltar-se ainda mais a responsabilidade e o bom critério” de quem governa ou guia uma comunidade.
Explicou que “os problemas devem ser oportunidades” para o encontro e não para levantar muros “dos que nos lamentaremos depois”.
“Não devemos estar em época de muros, como dizia João Paulo II, mas sim em época para tender pontes, mas com a responsabilidade e fidelidade que devemos ter aos princípios de nossa fé”, afirmou o Cardeal Amigo Vallejo.