BARCELONA, 28 de abr de 2005 às 11:40
O Arcebispo Emérito de Barcelona, Cardeal Ricard María Carles, expressou seu apoio aos prefeitos do Partido Popular que se opõem a celebrar “matrimônios” entre homossexuais porque a lei não pode estar “antes que a consciência”.
Em uma entrevista com TV3, o Cardeal fez um paralelo entre a intenção do Governo espanhol de obrigar a obedecer a lei de uniões homossexuais e o desempenho de funcionários alemães durante a segunda guerra mundial. Explicou que os campos de concentração foram resultado, além da ideologia nazista, do fato de que algumas pessoas acreditaram que deviam “obedecer a lei antes que a consciência”.
“Não eram delinqüentes os que fizeram Auschwitz, mas sim gente que foi forçada ou que acreditou que tinham que obedecer primeiro às leis do governo nazista do que a sua consciência”, expressou.
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O Arcebispo assinalou que “muitos saberiam que estavam obrando contra sua consciência, que estavam matando pessoas”, mas defendiam “a lei antes do que a consciência e a conseqüência era Auschwitz”.
Logo que o Congresso de Deputados modificasse o Código Civil e equiparasse as uniões homossexuais ao matrimônio, vários prefeitos do Partido Popular anunciaram que não acatariam a nova lei amparando-se na “objeção de consciência”.