BELÉM, 1 de out de 2015 às 15:10
Durante a manhã do último sábado, ocorreu um incêndio no mosteiro de São Charbel, localizado em Wadi Maali, um bairro em Belém, no qual a maioria de moradores são muçulmanos. A causa do sinistro é uma incógnita, embora existam duas versões: a da Palestina que diz que o incêndio aconteceu devido a um curto circuito e dos representantes cristãos que asseguram que este foi provocado por extremistas islâmicos.
Arde el convento de San Charbel en #Belén: Temor en la comunidad cristiana #TierraSanta #Pray https://t.co/fms30yiexW pic.twitter.com/BWogCm7jWF
— AyudaIglesNecesitada (@AyudaIglesNeces) 29 setembro 2015
Segundo os meios locais, não houveram pessoas feridas ou mortas devido a que o edifício estava vazio –pois há um mês estava sendo restaurado -, estava vazio no momento do incêndio. Entretanto, as chamas destruíram vários quartos no segundo andar.
Por sua parte, Dom William Shomali, vigário patriarcal para Jerusalém e Palestina do Patriarcado Latino de Jerusalém, disse à agência vaticana Fides que os primeiros resultados da investigação policial apontam a uma represália criminal por razões pessoais.
O Prelado explicou que havia um projeto para restaurar o monastério, que estava fechado há 15 anos, e que o governo palestino tinha contribuído com os recursos de uma maneira muito discreta e por esta razão, este incêndio teria sido “em definitiva, uma vingança de algum jeito relacionada com o uso do financiamento dado para o trabalho de restauração”.
“As autoridades palestinas querem encontrar o quanto antes ao autor ou autores deste incêndio provocado. E os primeiros resultados da investigação abonam à pista de que se trata de represálias por razões de interesse, e não intimidação com motivações religiosas”, indicou.
Depois de controlado o incêndio, foram ao mosteiro o prefeito de Belém e vários líderes das forças de segurança e de inteligência da Palestina. Todos foram recebidos pelo Vigário Patriarcal e alguns sacerdotes.
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O Pe. Gabriel Nadaff, porta-voz do Patriarcado ortodoxo grego de Jerusalém, condenou este ataque e pediu a Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestina, que garanta a segurança dos lugares de culto cristãos nesse território.
“É exatamente este tipo de atitude por parte dos dirigentes da Autoridade Palestina que exortam o vandalismo e o terrorismo contra lugares cristãos, pois os palestinos extremistas sabem que não serão levados à justiça ou castigados por seus atos”, afirma.
O padre disse ainda que “esta é a razão pela qual lugares históricos como Belém, que tinham uma maioria cristã antes de que a Autoridade Palestina recebesse o controle destes territórios, agora tenha apenas uma pequena percentagem de cristãos, pois foram expulsos devido às condições desfavoráveis e à perseguição contra eles”.
Por outro lado, pediram que as Autoridades condenem este ataque, como ocorreu no caso do incêndio na Igreja da Multiplicação dos pães em Taghba.
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