O Bispo do Mondoñedo-Ferrol, Dom José G Escolano, somou-se ao chamado que fizeram dias atrás tanto o Presidente do Pontifício Conselho para a Família, Cardeal Alfonso López Trujillo, como o Bispo de Segorbe-Castellón, Dom Juan Antonio Reig Pla, a alegar a objeção de consciência no caso dos “matrimônios” homossexuais na Espanha.

Em declarações a Servimedia, Dom Gea Escolano afirmou que a união entre pessoas do mesmo sexo é “antinatural” e sua legalização conduz “à destruição do matrimônio ".

Dom Gea Escolano rechaçou as declarações do ministro da Justiça, Juan Fernando López Aguilar, quem afirmou que não cabe alegar objeção de consciência para cumprir as leis aprovadas pelo Parlamento. "A objeção de consciência terá que respeitá-la", sentenciou o Bispo.

Do mesmo modo, disse que os homossexuais católicos que se casem "sabem que estão em situação irregular dentro da Igreja".

Embora não goste aos governantes

Com estas declarações. o Bispo reiterou o escrito em sua última carta pastoral. Diante de leis como a recém aprovada pelo parlamento espanhol “se pode ter objeção de consciência, goste ou não goste aos atuais governantes”.

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“A Igreja não legisla no campo civil, mas pode julgar as leis e pode dizer claramente aos cristãos que se quiserem ser coerentes com sua fé, não podem apoiar com seu voto esse tipo de leis” porque ao colocar “a união homossexual em um plano jurídico análogo ao do matrimônio ou família, o Estado atua arbitrariamente e entra em contradição com seus próprios deveres".

“A partir desta orientação, que cada católico atue em consciência. Em casos como este é onde se demonstra a verdadeira fé”, concluiu sua missiva.

Autoridades civis objetarão lei

Em novas declarações sobre a lei de “matrimônios” homossexuais na Espanha, o Presidente da Junta da Galicia, Manuel Fraga, insistiu em que os homossexuais devem aceitar que são "distintos" e que é um "engano social" falar de “orgulho gay”.

Por sua parte, o viceportavoz do Partido Popular da Prefeitura de Córdoba, Ricardo Rojas, assegurou que se negará a celebrar estas uniões porque vão contra a natureza.