WASHINGTON DC, 7 de dez de 2015 às 15:00
O Senado dos Estados Unidos decidiu aprovar um projeto de lei que privaria a Planned Parenthood dos mais de 500 milhões de dólares em recursos de impostos recebidos por ano.
Esta medida, também aprovada pelos deputados em setembro, enfrenta agora o possível veto com o que ameaçou o presidente Barack Obama.
A decisão foi tomada na última quinta-feira, 3, com uma votação de 52 contra 47 votos.
O projeto de lei propõe retirar o financiamento da Planned Parenthood durante um ano, enquanto se realizam investigações profundas acerca das acusações contra a instituição por tráfico de órgãos de bebês abortados.
O dinheiro que atualmente a multinacional do aborto recebe seria destinado a outras organizações que oferecem às mulheres serviços de saúde mais completos.
“A votação desta noite é uma vitória histórica para todos os que priorizam a atenção à saúde integral das mulheres sobre as ganâncias da indústria do aborto. Agradecemos aos líderes do Senado por terem cumprido a sua promessa de pôr esta lei no escritório do presidente”, disse Marjorie Dannenfelser, presidente de uma organização que vela pela vida das mulheres na política.
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Segundo assinala o Population Research Institute, Dannenfelser afirmou também que “ante uma eventual eleição de um presidente pró-Vida no próximo ano e caso se mantenham nossas maiorias pró-vida no Congresso, este projeto de lei e muitos outros poderiam ser legalizados para o ano 2017”.
A respeito deste tema e considerando que é muito provável que Obama decida usar seu direito de vetar esta norma, o senador Richard Shelby (republicano, de Alabama) disse que o valor desta decisão está em “dizer ao presidente e a outros que existe uma grande divisão neste país e que muitos não estão de acordo, os norte-americanos não estão de acordo”.
A Planned Parenthood gerou uma grande controvérsia logo após a divulgação de uma série de vídeos gravados pelo grupo pró-vida Center for Medical Progress, através dos quais funcionários da transnacional abortista aparecem oferecendo partes ou órgãos de bebês abortados.
Em 2014, a Planned Parenthood financiou 153 parlamentares do Partido Democrata (entre deputados e senadores) com um total que supera os 676 mil dólares.
Por sua parte, o presidente Barack Obama recebeu mais de 1,7 milhões de dólares em apoio da multinacional do aborto, durante sua campanha de reeleição em 2012.