VATICANO, 8 de dez de 2015 às 10:40
Durante a Oração do Ângelus hoje ao meio-dia, o Papa Francisco refletiu acerca do significado da Imaculada Conceição da Virgem Maria e o sentido de sua festa.
O Pontífice explicou que a Imaculada “tem uma mensagem específica para comunicar-nos: recordando que a nossa vida é um dom, tudo é misericórdia”.
Explicou o sentido desta festa litúrgica “que nos faz contemplar a Virgem que, por ter um privilégio, foi preservada do pecado original desde sua concepção”.
Depois de participar da Santa Missa da Imaculada Conceição e de abrir a Porta Santa do Jubileu da Misericórdia, o Papa Francisco rezou o Ângelus a partir da janela do Palácio Apostólico.
“A Imaculada Conceição significa que Maria é a primeira a ser salva pela infinita misericórdia do Pai, como premissa de salvação que Deus quer doar a cada homem e mulher, em Cristo. Por isso, a Imaculada passou a ser ícone sublime da misericórdia divina que venceu o pecado. E nós, hoje, no início do Jubileu da Misericórdia, queremos olhar para este ícone com amor confiante e contemplá-la em todo o seu esplendor, imitando a sua fé”.
“Na concepção imaculada de Maria somos convidados a reconhecer a aurora do novo mundo, transformado pela obra salvífica do Pai e do Filho e do Espírito Santo. A aurora da nova criação feita pela divina misericórdia”, disse o Santo Padre antes de rezar a milhares de pessoas que estavam na Praça de São Pedro.
“Por isso, a Virgem Maria, jamais contaminada pelo pecado e sempre recoberta de Deus é mãe de uma nova humanidade”, sublinhou.
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Em seguida, o Papa explicou que celebrar esta festa comporta duas coisas: “Acolher plenamente Deus e a sua graça misericordiosa na nossa vida; por nossa vez, sermos artífices de misericórdia mediante um autêntico caminho evangélico”.
Porque “a festa da Imaculada se transforma então em festa de todos se, com os nossos “sim” cotidianos, conseguimos vencer o nosso egoísmo e tornar mais contente a vida de nossos irmãos, a doar-lhes esperança, secando algumas lágrimas e doando um pouco de alegria”.
Portanto, “a exemplo de Maria, somos chamados a nos transformar em operadores de Cristo e testemunhas de seu amor, mirando antes de tudo aqueles que são privilegiados aos olhos de Jesus”.
“Mesmo vivendo em um mundo marcado pelo pecado, este não a macula: é nossa irmã no sofrimento, mas não no mal e no pecado. Aliás, nela, o mal foi derrotado antes mesmo que pudesse se aproximar dela, porque Deus a revestiu de graça”.
Ao finalizar, o Santo Padre pediu que a Virgem “nos ajude a redescobrir sempre mais a misericórdia divina como distintivo do cristão. Ela é a palavra-síntese do Evangelho. É o detalhe fundamental do rosto de Cristo: aquele rosto que nós reconhecemos nos diversos aspectos da sua existência: quando vai ao encontro de todos, quando cura os doentes, quando se senta à mesa com os pecadores e, sobretudo, quando, pregado na cruz, perdoa; ali vemos o rosto da misericórdia divina”.
O Papa recordou que, como cada ano, irá a popular Praça da Espanha em Roma, para rezar ante o monumento da Imaculada Conceição, padroeira da Espanha. Continuando, pediu uma saudação ao Papa Emérito Bento XVI, pois foi o segundo que atravessou Porta Santa da Basílica atrás dele. Milhares de pessoas reunidas neste local responderam com um forte aplauso.