ROMA, 11 de dez de 2015 às 13:29
Usando um trator e um arado, o reconhecido artista italiano Dario Gambarin desenhou sobre 24.000 metros quadrados de terras de cultivo a imagem de “Cristo sofredor”, como uma homenagem ao Jubileu da Misericórdia e a coragem e abnegação do Papa Francisco, que apesar do perigo não desistiu de viajar a uma zona de guerra na África.
“Este Jubileu tem um significado especial porque está dentro de um contexto doloroso e complicado para a humanidade inteira. Por esta razão, decidi representar um Cristo sofredor”, afirmou o artista cuja obra foi feita em Castagnaro, localizado na província de Verona (Itália).
Gambarin, reconhecido internacionalmente por desenhar “à mão livre”, ou seja, com as mãos sem necessidade de qualquer outro tipo de artefato, assinalou à imprensa local que “o mundo está vivendo uma situação complexa na qual, com o risco de uma guerra mundial, geram massacres em nome de Deus e na qual destroem as populações pela fome e pela pobreza”.
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“Apesar disso, o Jubileu traz consigo um grande sentido de esperança. Uma esperança confirmada pelo fato de que o Papa, com um sinal forte e inédito, abriu a primeira Porta Santa em Bangui (República Centro-Africana), junto a uma das populações mais maltratadas do mundo”.
Nesse sentido, disse à imprensa italiana: “Desejo homenagear a coragem e a abnegação do Papa Francisco, que neste período tão difícil não desistiu da viagem programada à África, não obstante os avisos que chegavam dos serviços secretos americanos e franceses. Enquanto em Bruxelas (Bélgica) havia toque de recolhida, o Santo Padre saiu em avião para visitar os casebres africanos e inaugurar o Jubileu”.
“Este deveria ser um exemplo a ser seguido por todos os homens, ele é a melhor mensagem de esperança, paz e tolerância que existe. Sendo assim, peguei o trator e comecei a desenhar a fim de homenageá-lo”, afirmou Gambarin.