O Papa Francisco fez ontem um chamado a conversão e a viver alegres na espera do Senhor. “O cristão é uma pessoa alegre e sua alegria não é nada superficial e efêmera, mas profunda e estável, porque é um dom do Senhor que enche a vida”.

Depois de abrir a Porta Santa da Basílica de São João de Latrão e celebrar a Missa, o Santo Padre retornou ao Vaticano para rezar o Ângelus com os fiéis reunidos na Praça de São Pedro.

Hoje, “é necessário converter-se, mudar de direção e tomar o caminho da justiça, da solidariedade, da sobriedade: estes são os valores essenciais de uma vida plenamente humana e autenticamente cristã”.O Santo Padre comentou o Evangelho do dia no domingo chamado “gaudete” (da alegria). Nele se narra como João Batista batizava no Rio Jordão e como pregava o amor ao próximo.

Este dia convida “a alegria”, explicou o Papa. “Hoje, requer-se coragem para falar de alegria, requer sobretudo fé. O mundo está assediado de muitos problemas, o futuro carregado de incógnitas e temores”.

“Que devemos fazer?”, perguntam a João Batista. O Papa afirmou que esta é uma pergunta que se refere a três categorias de pessoas: primeiro, a multidão em geral; segundo, os publicanos ou cobradores de impostos; em terceiro lugar, alguns soldados. “Cada um desses grupos questiona o profeta sobre o que deve ser feito para colocar em prática a conversão que ele está pregando”. O Batista, precisou o Pontífice, dá três respostas para “um caminho idêntico de conversão, que se manifesta nos compromissos concretos de justiça e de solidariedade. É o caminho que Jesus indica em toda a sua pregação: o caminho do amor concreto ao próximo”.

Neste sentido, Francisco sublinhou: “Deus não fecha a ninguém a possibilidade de salvar-se. Ele está – por assim dizer – ansioso para usar de misericórdia, usá-la para com todos e acolher a cada um no seu terno abraço de reconciliação e de perdão”.

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Depois da Oração do Ângelus, o Papa recordou que em todas as catedrais do mundo foram abertas ontem as Portas Santas “para que o Jubileu da Misericórdia possa ser vivido plenamente nas Igrejas particulares”.

“Espero que este momento forte estimule a se tornar instrumento da ternura de Deus. Como expressão das obras de misericórdia são abertas também as ‘Portas da Misericórdia’ em lugares de dificuldade e marginalização”, continuou.

“A este respeito, saúdo os detentos das prisões do mundo inteiro, especialmente os da prisão de Pádua, que hoje estão unidos a nós espiritualmente para este momento de oração”.

Em seguida, o Papa dirigiu uma saudação especial à Fundação Dispensário Santa Marta, no Vaticano: aos pais com seus filhos, aos voluntários e às Irmãs Filhas da Caridade; obrigado por seu testemunho de solidariedade e acolhimento!”.

Ao finalizar, o Pontífice saudou também os membros do Movimento dos Focolares juntamente com amigos de algumas comunidades islâmicas. “Ide em frente! Ide em frente com coragem no percurso de diálogo e de fraternidade, porque somos todos filhos de Deus!”, concluiu.