VATICANO, 30 de dez de 2015 às 10:13
O Papa Francisco dedicou sua última catequese do ano 2015 a refletir sobre o que podemos aprender de Deus feito menino e recordou que ainda estamos vivendo o Natal. O Pontífice deixou ainda uma tarefa de casa para todos os católicos.
No marco da Oitava de Natal, que a Igreja celebra até o dia 1 de janeiro, o Papa presidiu uma multitudinária Audiência Geral. Apesar do intenso frio, milhares de pessoas -incluindo numerosas famílias com crianças- foram até a Praça de São Pedro.
Em sua catequese, o Papa destacou a tradição de fazer presépios nos lares "que se remonta a São Francisco de Assis e que mantém vivo em nossos corações o mistério de Deus que se faz homem".
Ele também recordou que "a devoção ao Menino Jesus está muito difundida" e assegurou que o fato de que "Deus foi um menino", deve "ter um significado peculiar para nossa fé".
"Para crescer na fé teremos necessidade de contemplar mais frequentemente o Menino Jesus", disse o Papa e admitiu que "não conhecemos nada deste período", somente o fato que lhe puseram o nome depois de oito dias de nascido, a apresentação no Templo, a visita dos Magos, a fuga ao Egito e o episódio do templo aos 12 anos de idade.
"Como se vê, sabemos pouco do Menino Jesus, mas podemos aprender muito Dele se olharmos a vida dos meninos. É um belo costume, que os pais, os avós têm, que é aquela de olhar as crianças, ver o que fazem", indicou.
O Pontífice explicou que as crianças querem atenção porque têm necessidade de sentir-se protegidos. "É necessário também para nós colocar Jesus ao centro de nossa vida e saber, inclusive se pode parecer paradoxal, que nós temos a responsabilidade de protegê-lo".
Jesus Menino "quer estar entre nossos braços, deseja ser cuidado e poder fixar seu olhar no nosso".
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O Papa pediu "fazer o Menino Jesus sorrir para lhe demonstrar nosso amor e nossa alegria porque Ele está em meio de nós. Seu sorriso é sinal do amor que nos dá certeza de sermos amados".
"As crianças, finalmente, adoram brincar. Mas fazer que uma criança brinque, significa abandonar nossa lógica para entrar na sua. Se quisermos que se divirta é necessário entender o que ele gosta. E não ser egoístas e querer que eles façam as coisas que nós gostamos", acrescentou.
O Papa explicou que "diante de Jesus estamos chamados a abandonar nossa reclamação de autonomia, e este é o centro do problema, a reclamação de autonomia para acolher em troca a verdadeira forma de liberdade, que consiste no conhecer quem nós temos diante e servi-lo".
"Ele é o Filho de Deus que vem nos salvar. Veio entre nós para nos mostrar o rosto do Pai rico de amor e de misericórdia".
Ao finalizar sua reflexão, o Papa pediu a cada um abraçar "entre nossos braços o Menino Jesus e que nos ponhamos a seu serviço: Ele é fonte de amor e de serenidade. E será uma bela coisa hoje quando voltamos para casa ir perto do presépio e beijar o Menino Jesus e lhe dizer: 'Jesus, eu quero ser humilde como Você, humilde como Deus' e lhe pedir esta graça".
A humildade de Deus "é um mistério grande". "Nós que somos orgulhosos, cheios de vaidade e que nos cremos grandes coisas, somos nada, Ele é grande, é humilde e se faz Menino, isto é um grande mistério, Deus é humilde, é belo!", exclamou.