ROMA, 7 de jan de 2016 às 17:00
A Cáritas denunciou que dezenas de milhares de pessoas no Níger estão morando embaixo das árvores e outros estão na rua, logo depois que o grupo terrorista islâmico Boko Haram os obrigou a fugir de seus povoados. Por isso, pediu a ajuda urgente da comunidade internacional para enfrentar esta tragédia humanitária.
Boko Haram terrorising Nigeria, Niger and beyond in growing unreported humanitarian crisis https://t.co/80o4W5vzmx pic.twitter.com/FjveQT15sm
— Caritas (@iamCARITAS) 5 janeiro 2016
Em sua página, a Cáritas Internacional recordou que desde 2014 os ataques deste grupo terrorista no norte da Nigéria e na fronteira com o Níger – especialmente na cidade de Diffa –, fizeram com que centenas de milhares de pessoas abandonassem suas casas; cerca de 30 mil pessoas nos dois últimos meses.
A Cáritas indicou que mais de um terço da população de Diffa, estimada em 600 mil pessoas, foram deslocadas devido ao conflito. Além disso, 151 escolas foram fechadas na região. Assinalou ainda que as pessoas que fugiram “têm pouca proteção contra os rigores do clima e pouco acesso aos alimentos”.
Esta instituição da Igreja indicou que uma de suas equipes visitou Diffa em dezembro a fim de ver os programas de ajuda de aproximadamente 2 mil famílias. Além disso, colaboraram na distribuição da ajuda aos refugiados, como mosquiteiros e equipamentos para conservar água para 15 mil pessoas.
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O relatório da equipe de Cáritas assinalou que os deslocados sobrevivem graças à ajuda humanitária. E ainda alertaram que os ventos frios que atingem o oeste da África estão piorando as condições de vida dos refugiados.
Estes ventos “estão causando grande sofrimento a mulheres, crianças e idosos. Precisam construir mais lugares para viverem, conseguir cobertores, entre outras ajudas. A Cáritas Níger necessita de apoio internacional para ajudar as vítimas do Boko Haram”, assinalou Raymond Yoro, Secretário Executivo de Caritas Développement Niger (CADEV Niger).
Em março de 2015, o Boko Haram jurou lealdade ao Estado Islâmico (ISIS). Entretanto, este grupo que atua na Nigéria, Níger, Chade e Camarões é considerado a organização terrorista mais sanguinária do mundo, superando inclusive o ISIS.
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— ACI Digital (@acidigital) 31 janeiro 2015