Um rompimento de diálogo e distanciamento da paz, assim o Presidente da Comissão Justiça e Paz dos Bispos coreanos, Dom Lazzaro Heung-Sik You, classificou o teste com bomba nuclear feito pela Coreia do Norte. Ele ainda alertou que não se deve “brincar com energia nuclear”.

Na quarta-feira, 6, a Coreia do Norte anunciou que realizou um teste bem-sucedido com uma miniatura de bomba de hidrogênio, a qual pode ser até 50 vezes mais potente que a bomba atômica.

A declaração foi feita na TV estatal e a apresentadora informou que o teste contou com a aprovação pessoal do ditador norte-coreano, Kim Jong-um. Segundo ela, com essa iniciativa o país se juntava “ao grupo dos Estados nucleares avançados”.

“Este último teste, produto da nossa tecnologia e da nossa mão de obra, confirma que os recursos tecnológicos que desenvolvemos recentemente são eficientes e provam cientificamente o impacto da nossa bomba H miniaturizada”, disse.

Frente a este anúncio que alertou o mundo, Dom Lazzaro Heung-Sik You revelou à agência católica italiana SIR que o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, desejava visitar a Coreia do Norte. Mas, segundo ele, este teste nuclear “rompe o diálogo e distancia a paz”.

Para o Prelado, esta iniciativa norte-coreana não favorece “o processo de credibilidade mútua”, ao contrário, “cria mais tensão”.

O Bispo ainda lançou um pedido de oração e um apelo para que “não se brinque com a energia nuclear e se empreenda sempre o diálogo político”.

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“Hoje rezei para que todos saibam que com as armas nucleares não se conquista a paz”, contou Dom Heung-Sik, assinalando que “somente com o diálogo mútuo se pode encontrar a linha justa para conviver juntos”.

 Neste sentido, o Prelado afirmou a importância do Ano da Misericórdia. De acordo com ele, para a Coreia significa encontrar o que os une. “Somos filhos da mesma família, falamos a mesma língua, somos irmãos que vivem separados no Norte e no Sul”, constatou.

“Somente colocando-se à disposição do outro é possível empreender o caminho do diálogo rumo à paz”, assinalou o Prelado, ressaltando que “a situação na Coreia do Norte não é fácil”.

Dom Heung-Sik indicou que somente o Senhor sabe como percorrer o caminho da paz. “Portanto, só Ele pode mover os corações dos políticos. Nós pedimos ao Senhor para que ajude a abrir os corações de quem comanda”, concluiu.

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