ROMA, 8 de jan de 2016 às 14:00
O convento das Religiosas Servas de Maria Santíssima Dolorosa, em Florença (Itália), foi reconhecido agora como “Casa da vida” pela Fundação Internacional Raoul Wallenberg por ter escondido 12 meninas judias perseguidas na Segunda Guerra Mundial, durante o nazismo, segundo informações da agência Ansa.
Esta fundação é uma Organização Não Governamental cuja missão é desenvolver projetos educativos e de divulgação que promovam a aprendizagem dos valores da solidariedade e coragem cívica que animaram a façanha dos Salvadores do Holocausto.
Na próxima quarta-feira, 13, na casa central da congregação acontecerá um ato no qual descerrarão uma placa na qual recordam o gesto das religiosas ao salvar a vida das meninas.
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Esta história aconteceu no outono de 1943, quando a superiora geral, Madre Madalena Cei, respondendo ao chamado do então Cardeal de Florença, Dom Elia Dalla Costa, acolheu e escondeu as meninas provenientes da Polônia, da Bélgica e da França.
No final da guerra, quase todas as meninas se reencontraram com seus pais ou familiares. Infelizmente algumas não tiveram esta sorte, como por exemplo Sara e Michal Nissenbaum, que no convento receberam o nome de Odette e Michelina Laurent. Elas perderam toda sua família e o Tribunal de Menores confiou sua pátria potestade ao rabino chefe de Florença.
Anos depois, quiseram recordar a fase transcorrida no convento e a irmã Madalena foi declarada “Justa entre as nações”, um título outorgado pelo judaísmo às pessoas que merecem consideração e respeito por um acontecimento importante.