CARACAS, 11 de jan de 2016 às 09:08
O Presidente da Conferência Episcopal Venezuelana (CEV), Dom Diego Padrón, afirmou que a decisão do povo de dar à oposição o controle da Assembleia Nacional significa um “contundente rechaço” ao Socialismo do Século XXI e um passo decisivo para a recuperação do estado de direito e a reconciliação do país, a qual ajudará “a anistia para os detentos políticos e a volta dos exilados”.
Assim o expressou o Prelado esta quinta-feira durante o discurso de abertura da Assembleia Ordinária do Episcopado, onde afirmou que o país, mediante as eleições de 6 de dezembro “entrou em um processo de transição política que terá notáveis consequências sociais, econômicas, e inclusive psicológico-espirituais para a nação”.
Os comícios e a instalação do novo Parlamento “são uma ratificação da consciência civilista e democrática dos venezuelanos e um contundente rechaço do sistema representado pelo Socialismo do século XXI, do despotismo, militarismo, arbitrariedade e corrupção”; assim como “um passo decisivo para a reinstitucionalização do país e a independência dos Poderes públicos”.
“É um ponto de partida para a recuperação do estado de direito, a renovação e saneamento dos organismos do Estado, a revisão das políticas nacionais e a política internacional, seus acordos, convênios e negociações. Foi um alcance da unidade dos partidos e outras organizações políticas, unidade não só como estratégia, mas unidade de espírito, de objetivos e de mensagem”, acrescentou.
Mas sobre tudo, afirmou Dom Padrón, “é uma vitória” do povo que reclama mudanças reais a favor da liberdade, justiça, direitos humanos, saúde, segurança, economia e tantos outros campos.
Nesse sentido, disse que a nova Assembleia Nacional tem que dar ao povo “respostas satisfatórias, não porque irá mudar a economia, que é responsabilidade do Governo, mas sim porque corrigirá vícios e procedimentos irregulares e proporcionará leis que favorecerão a produção nacional, a liberdade de empresas e controlarão o fácil enriquecimento”.
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“Tomará medidas que contribuam à distensão e à reconciliação nacional, como será a anistia para os detentos políticos e a volta dos exilados. Contribuirá com leis que corrigirão as políticas econômicas e castigarão a corrupção”, comenta o bispo.
“Com o concurso de todos, o país deve encaminhar-se progressivamente para a despolarização, o diálogo transparente e eficaz entre o poder executivo e o legislativo, entre o Governo e a Oposição e entre todos os venezuelanos, e para a recuperação econômica e a reconciliação nacional”, assinalou Dom Padrón.
“É tempo de reconstruir o país”, afirmou o Presidente do Episcopado venezuelano. “Cada Deputado e o conjunto da Assembleia alcançou uma ascensão na responsabilidade frente aos cidadãos e frente a Deus”, expressou o prelado.
A Venezuela está em crise por ter copiado o modelo comunista de Cuba, alerta Arcebispo http://t.co/5rrNVUjvn5
— ACI Digital (@acidigital) 29 agosto 2015