BERLIM, 12 de jan de 2016 às 15:00
Em uma recente entrevista ao Passauer Neue Presse (PNP), Mons. Georg Ratzinger – irmão mais velho do Papa Emérito Bento XVI – respondeu ante novas acusações de abusos físicos e sexuais cometidos entre os anos de 1950 a 1990 no coral da Catedral da Ratisbona, o qual ele dirigiu durante 30 anos.
Mons. Georg Ratzinger, diretor musical do coral de 1964 até 1994, assegurou que “não estava ciente de que estes abusos sexuais estivessem acontecendo naquela época (quando era diretor do coral) ”.
As novas acusações, seis anos depois das primeiras denúncias, apareceram durante uma investigação feita pelo advogado do coral da Diocese de Ratisbona, Ulrich Weber.
O número de maus tratos e abusos sexuais seria maior do que o estimado previamente no coral da Catedral de Ratisbona, pois cerca de 231 crianças teriam sido maltratadas ou abusadas sexualmente por sacerdotes e professores da diocese alemã.
Weber assinalou que “os casos de abuso sexual denunciados em Ratisbona aconteceram principalmente no final da década de 70”, e disse que “50 vítimas falaram de 10 perpetradores”.
Segundo o advogado, pelo menos um de cada três crianças dos dois mil e cem alunos do coral foram vítimas de violência física.
Consultado se acredita que Mons. Georg Ratzinger poderia saber acerca dos casos de maus tratos físicos e abusos sexuais, Weber assinalou: “Depois da minha investigação, acho que sim”.
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Entretanto, Mons. Ratzinger, de 91 anos, assegurou: “Não fui informado de maneira alguma sobre abusos sexuais”. Mas, reiterou seu pedido de perdão às vítimas.
A respeito da violência física, Mons. Ratzinger reconheceu que os “tapas, ou seja, as bofetadas, eram comuns não só no coral da Catedral, mas em toda a área da educação, assim como nas famílias”.
“No coral da Catedral, estes (tapas) não tinham outro significado que nas áreas antes mencionadas”, indicou.
O coral da Catedral de Ratisbona representa tanto o conjunto musical como uma escola e um internato. O grupo musical, conhecido como “os pardais”, foi fundado em 975, ficou conhecido internacionalmente e realiza excursões pelo mundo inteiro.
Confira ainda:
Papa às vítimas de abusos: Deus chora por esta vergonha http://t.co/mei5SMwE41
— ACI Digital (@acidigital) 27 setembro 2015