REDAÇÃO CENTRAL, 12 de jan de 2016 às 19:00
No último filme de Star Wars, O Despertar da Força (The Force Awakens), há um curioso elemento cristão em uma cena muito importante que certamente passou despercebido para muitos: um monastério irlandês.
Nesta cena um dos protagonistas chega a uma misteriosa ilha, aparentemente inacessível no meio do mar e começa a caminhar entre ruínas. Alguns podem pensar que este lugar foi construído especialmente para a gravação do filme, mas é real e estas ruinas são o que restou de um monastério cristão na ilha irlandesa Skelling Michael.
Skelling Michael é uma das duas Ilhas Skelling, com uma área de onze quilômetros na costa sudoeste da Irlanda. Antigamente estava desabitada, provavelmente porque o terreno rochoso a tornava inacessível, até que São Finnian de Clonard, um monge irlandês, fundou ali o monastério no século VI.
São Finnian é um santo muito importante para os cristãos irlandeses, pois os 12 primeiros santos deste país, conhecidos como os Doze Apóstolos da Irlanda, foram formados por ele. Além disso, é considerado junto a São Enda de Aram como um dos fundadores do monacato irlandês.
O monastério da ilha de Skelling Michael prosperou e permaneceu durante séculos. Está composto por grandes escadas, numerosas celas, oratórios e uma igreja. Dizem que inclusive sobreviveu a um ataque dos vikings no século IX. O nome Michael foi porque durante a metade do século X construiu na ilha uma igreja dedicada a São Miguel Arcanjo.
Durante esses séculos, vários ermitões procuravam este tipo de lugares, em locais afastados, como desertos ou ilhas, a fim de ter um encontro mais profundo com Cristo, longe das distrações e vaidades do mundo. O Monastério de Skelling Michael foi um deles. São Columcille costumava dizer que esta ilha era “um deserto em um mar sem caminhos”.
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O escritor inglês George Bernard Shaw fez referência a esta ilha como um “lugar incrível, impossível, louco. Pois não pertence a nenhum mundo no qual você e eu vivemos e trabalhamos: faz parte do nosso mundo dos sonhos”.
Infelizmente, o monastério foi abandonado entre os séculos XII e XIII. Atualmente a ilha foi declarada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO e está aberta aos visitantes.
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— ACI Digital (@acidigital) 7 dezembro 2015