REDAÇÃO CENTRAL, 19 de jan de 2016 às 07:00
Uma brasileira, nascida em Piracicaba (SP), que teve a vida marcada pela entrega à vontade de Deus. Essa é a Serva de Deus Madre Cecília, fundadora das Irmãs Franciscanas do Coração de Maria, cuja causa de beatificação e canonização está em análise no Vaticano.
O processo segue na Congregação para a Causa dos Santos, onde entrou em fase de documentação, a qual inclui biografia e reconhecimento das virtudes e santidade da religiosa.
A abertura do processo de canonização de Madre Cecília foi autorizada em setembro de 1992, pelo então Bispo da Diocese de Piracicaba, Dom Eduardo Koiak. Segundo relatou à Rádio Vaticano a atual responsável pela causa na cidade paulista, Irmã Madalena Calgarôto, a partir daquele ano “foram dados todos os passos para o encaminhamento do processo”.
A fase diocesana terminou em 1997 e, conforme Ir. Calgarôto, em 1998, o Vaticano deu aval para a continuidade do processo.
“Nestes 23 anos de caminhada, muitas pesquisas foram realizadas, muito material de propagação foi produzido e também muitas graças foram alcançadas”, contou a religiosa à Rádio Vaticano.
Para dar prosseguimento ao processo, as Irmãs Franciscanas do Coração de Maria estão lançando um apelo para que as pessoas que alcançarem alguma graça por intercessão da Madre comuniquem à Congregação. O objetivo é que estes relatos sejam analisados e anexados à documentação.
Madre Cecília
Nascida em 1852, Antônia Martins de Macedo – nome de batismo de madre Cecília – desejava consagrar-se a Deus desde jovem. Entretanto, não obteve a autorização de seu pai, que lhe impôs casar-se com Francisco Borges Ferreira.
Passados cinco anos, ficou viúva, tendo três filhos: Rosa, João e Antônio. Mas, ainda pulsava em seu coração o anseio de servir mais profundamente ao Senhor.
A oportunidade para realizar seu desejo veio com a chegada dos Frades Capuchinhos à Piracicaba. Antônia Martins logo entrou para a Ordem Franciscana Secular, sendo sua primeira ministra.
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De acordo com sua biografia, em janeiro de 1896 uma inspiração tomou conta de sua mente e de seu coração e compartilhou com suas companheiras: “Anda em minha mente uma ideia, que não sei se é inspiração ou tentação: desejava muito abrir uma casa onde morando com algumas companheiras, pudéssemos viver na oração, no trabalho e no apostolado ajudando os Frades Capuchinhos nas Missões”.
A ideia foi apresentada ao diretor da Ordem Franciscana Secular, Frei Luiz Maria de São Tiago, o qual aprovou-a. Mas, acrescentou que esta casa poderia acolher meninas pobres e órfãos da cidade.
Assim, em 2 de fevereiro de 1898, foi inaugurado o “Asilo Coração de Maria Nossa Mãe”, para meninas órfãs. E, no dia 30 de setembro de 1900, foi fundada a Congregação das Irmãs Franciscanas do Coração de Maria.
Madre Cecília morreu aos 98 anos, em 6 de setembro de 1950. Para Irmã Madalena Calgarôto as virtudes que mais chamavam atenção na serva de Deus eram a fé e confiança na providência de Deus.
“Creio que a virtude que moveu toda sua vida foi a entrega à vontade de Deus. Outras virtudes se destacam também: a Confiança no Coração de Maria, a alegria de viver, desejando que as Irmãs, ao chegarem aos 90 anos, sentissem a alegria de viver que ela sentia”, completou.
Graças alcançadas pela intercessão de Madre Cecília podem ser informadas às Irmãs Franciscanas do Coração de Maria pelo e-mail: mcecilia.processo@fcmaria.org.br
Confira também:
Fátima: fase diocesana do processo de beatificação de Ir. Lúcia será concluída neste ano https://t.co/XRSxy1wzmg pic.twitter.com/I403d5HvyD
— ACI Digital (@acidigital) 14 janeiro 2016