BERLIM, 21 de jan de 2016 às 19:00
O imã da mesquita salafista de Colônia (Alemanha), Sami Abu-Yusuf, afirmou que “a culpa é toda das meninas” em relação a grande quantidade de agressões sexuais cometidas por refugiados muçulmanos na véspera do Ano Novo nessa e em outras cidades do país europeu.
Kölner Salafisten Imam Sami Abu-Yusuf’: Opfer selbst Schuld,Trugen Parfume,waren halbnackt https://t.co/w1aVPjqzK8 pic.twitter.com/OLCMQxXb1M
— Zahlensammler (@Zahlensammler) 20 janeiro 2016
Em declarações ao canal REN TV recolhidas pelo jornal espanhol “La Gazeta’, o líder muçulmano assegurou: “A culpa é toda das meninas, pois não podem sair nas ruas quase nuas usando esses perfumes. Com razão os homens queriam agarrá-las, só colocam mais ‘lenha na fogueira’ com essas atitudes”.
Na sua opinião, o que aconteceu em Colônia e em outras cidades “são apenas uma amostra do que poderá ocorrer em toda a Alemanha. Há muita tensão nas ruas”.
A mesquita de Abu-Yusuf está localizada no bairro Kalk de Colônia. Em 2004, foi registrada por agentes antiterroristas o roubo de diversos documentos suspeitos. Nessa ocasião, mais de dez pessoas foram processadas por diferentes delitos.
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Agressões sexuais em Colônia
Aproximadamente 170 mulheres denunciaram agressões sexuais e roubos durante a madrugada do dia 31 de dezembro em Colônia. O caso gerou uma grande polêmica devido a uma série de acusações de encobrimento policial, mediático e político, quando as investigações apontam que a maioria dos responsáveis eram muçulmanos que entraram no país como refugiados.
Mais de uma semana depois do ocorrido, o Arcebispo de Munique e Freising e presidente da Conferência Episcopal Alemã, Cardeal Reinhard Marx, assinalou que “os excessos em Colônia e outras cidades importantes são profundamente preocupantes para nossa sociedade e não podem ser tolerados de jeito nenhum”.
Um relatório policial filtrado à imprensa assinala que, um dos suspeitos exclamou no momento de sua detenção: “Sou sírio. Devem me tratar de forma amável. A senhora (Angela) Merkel me convidou”.
Em declarações difundidas no começo deste mês pela rede britânica BBC, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel qualificou as agressões como “atos criminosos repugnantes” que “não serão aceitos” pela Alemanha.