Um promotor pediu 90 anos de prisão para Alain N.B., imigrante muçulmano acusado de ter lançado ao mar os seis migrantes cristãos, porque estavam rezando quando – devido ao vento e as ondas – a embarcação que os levava da África corria o risco de naufragar.

O fato aconteceu em dezembro de 2014, quando uma embarcação com mais de 50 imigrantes procedentes de Nador (África) tentava chegar à costa espanhola.

As ondas e o vento causaram o pânico nas pessoas que estavam na embarcação, por isso, seis de seus integrantes – entre eles um pastor cristão – começaram a rezar em voz alta pedindo para não naufragar, pois estavam à deriva, perto da costa de Almería (Espanha).

 

Entretanto, os dois homens de nacionalidade camaronesa e muçulmanos, pegaram várias tábuas de madeira e começaram a agredi-los, até tirá-los do barco. Pelo menos seis deles morreram no mar, embora se desconheça o número exato.

Sobreviveram apenas 27 pessoas a esta tragédia. Eles chegaram em estado de choque na costa de Andaluzia (região do sul da Espanha) e foram transladados ao Centro de Internamento de estrangeiros (RECUE) de Algeciras, em Cádiz.

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Segundo narraram os sobreviventes, entre 15 e 30 pessoas, inclusive vários bebês, morreram durante o naufrágio.

A polícia reconstruiu a trágica noite de 5 de dezembro de 2014 e resolveram prender os dois donos do barco. Um deles morreu enquanto estava em prisão preventiva; mas o outro, Alain N.B, está sendo acusado pela morte de aproximadamente seis pessoas, as quais supostamente teria lançado ao mar apenas por estar rezando. Atualmente, ele enfrenta o pedido de 90 anos de prisão por parte de um promotor.

Nesse sentido, conforme destaca a Europa Press, a intenção de Alain e do outro homem falecido teria sido matar aqueles que professavam “crenças contrárias às deles”.

O primeiro objetivo foi o pastor cristão, que foi gravemente ferido na cabeça, antes de ser lançado ao mar. Entretanto, também agrediram alguns passageiros que levavam amuletos ou cintos tribais espirituais. Os corpos destas pessoas nunca foram encontrados, nem foi possível averiguar a identidade dos falecidos.

Em abril de 2015, aconteceu algo semelhante, quando quinze muçulmanos lançaram ao mar doze cristãos da embarcação na qual queriam chegar à Itália. A polícia prendeu estes migrantes e qualificou o crime de “ódio religioso”.

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