Roma, 29 de jan de 2016 às 16:30
O Gatestone Institute denunciou em um recente relatório que aproximadamente 45.000 refugiados cristãos que fugiram da Síria e do Iraque se sentem obrigados a esconder sua identidade religiosa na Turquia para que não sejam discriminados, enquanto esperam respostas aos seus pedidos de asilo.
Turchia. Rifugiati cristiani si fingono musulmani https://t.co/smD1FKohrI pic.twitter.com/AjJre6MQNL
— TEMPI (@Tempi_it) 26 janeiro 2016
Em seu relatório, indicaram que são cristãos armênios, siríacos e caldeus, que estão esperando respostas às solicitações de asilo nos Estados Unidos, Canadá e Áustria. Caso não sejam recebidos, poderiam permanecer na Turquia até 2023.
O Gatestone Institute revelou o caso de Anonis Alis Salciyan, uma armênia que fugiu do Iraque em 2014 e atualmente mora na cidade de Yozgat. “Publicamente, fingimos que somos muçulmanos. Graças a ajuda de nossos familiares na Europa é que podemos seguir em frente. Nossos filhos não falam o idioma e não podem ir à escola”, indicou.
Em seguida, disse que estar atualmente na Turquia é como se tivesse retornado, pois sua família foi deportada durante o genocídio armênio de 1915.
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Por sua parte, os também cristãos Anche Linda e Vahan Markaryan relataram que escaparam do Iraque no ano passado, logo depois que sua casa foi atacada pelo Estado Islâmico (ISIS). “Minha filha, Nusik, de sete anos, desde o dia do ataque deixou de falar, não pronunciou nenhuma palavra”. “Devemos rezar em casa. Não é seguro” rezar em público, indicou.
Do mesmo modo, lamentaram que sejam discriminados no momento de conseguir um trabalho. “Somente existem trabalhos temporários nas obras de construção. Os operários turcos ganham 100 libras por dia, mas nós recebemos somente 25 libras pelo mesmo trabalho. Não temos direitos”, denunciou Vahan.
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— ACI Digital (@acidigital) 25 janeiro 2016