O Arcebispo de Tanger (Marrocos), Dom Santiago Agrelo, enviou uma carta dias depois que, sem dar motivo algum, autoridades marroquinas proibiram que o sacerdote jesuíta Pe. Esteban Velázquez Guerra, quem serve em um local de maioria muçulmana, entrasse no país.

Dom Agrelo agradeceu especialmente o trabalho que o Pe. Velázquez realiza na diocese marroquina, pois “com sua dedicação aos pobres, sobretudo aos imigrantes, ajudou em muitas necessidades e melhorou a vida desta comunidade eclesiástica”.

 

A respeito da proibição da entrada deste sacerdote ao Marrocos, o Arcebispo assegurou que para ele esta situação foi “uma surpresa”.

No Marrocos é “competência exclusiva e discricional” permitir ou não a entrada no território sem ter que dar explicação alguma ou estar motivado por coisa alguma. “As leis que concedem aos Estados essa autoridade discricional sobre as pessoas, que contradizem espírito e letra da Declaração Universal dos Direitos humanos” assegura o Bispo.  

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Entretanto, o Prelado reconhece que “devemos reconhecer a autoridade, respeitar a legalidade, mas sem deixar de denunciar a iniquidade: Uma legalidade injusta é uma injustiça legal”.

Segundo explica Dom Agrelo, em Marrocos estão protegidos por um “Dahir real”, documento simples através do qual os cristãos se comprometem a “viver serenamente em meio da comunidade muçulmana nossa fé cristã, celebramos nossos ritos, administremos nossos bens, e desenvolvemos muitas atividades a favor dos pobres”.

Neste sentido, assegura que os cristãos que convivem no Marrocos não necessitam “mais proteção que a que os pobres já têm” e anima a “estar agradecidos a todos aqueles que de qualquer modo, tornam possível sua ajuda aos pobres” e que “seu agradecimento estimule a sua generosidade”.

Além disso, Dom Agrelo pediu para que rezemos especialmente pelo Pe. Esteban Velázquez “nesta etapa de sua vida, na qual surgem novos horizontes e novos desafios”.

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