Lisboa, 3 de fev de 2016 às 17:00
Em resposta aos apelos feitos pelos patriarcas do Iraque e da Síria, a Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) está convocando um dia de oração e jejum pelos cristãos perseguidos no Oriente Médio, de modo especial nesses dois países.
Em uma carta enviada à AIS, o Patriarca dos Católicos Caldeus e Presidente da Conferência Episcopal do Iraque, Dom Louis Raphael Sako, e Patriarca da Igreja Católica Greco-Melquita de Antioquia e de todo o Oriente, Alexandria e Jerusalém, Dom Gregorios III Laham, explicam a situação angustiante de tantos cristãos expulsos de suas casas e suplicam por orações, principalmente no tempo da Quaresma, que se aproxima.
“Sem vocês, muitos de nós estariam mortos ou já teriam emigrado”, afirma Dom Sako, reconhecendo o fundamental apoio que a Fundação Pontifícia faz chegar às comunidades cristãos locais.
Ele, então, completa: “Temos extrema necessidade de vossa ajuda, mas aquilo que vos pedimos agora é a misericórdia. Rezem e jejuem para que o Senhor tenha misericórdia de nós”.
Diante deste apelo, a AIS decidiu convocar os cristãos para um Dia Mundial de Oração e Jejum pela Paz na Síria e no Iraque.
A iniciativa se traduz em uma pergunta: “Quer levar a cruz com eles durante um dia? Rezemos e jejuemos na Quarta-Feira de Cinzas pelo Iraque e pela Síria”.
Na mensagem enviada à Fundação Pontifícia, Dom Gregorios III sublinha o desespero em que vivem as comunidades cristãs na Síria. Segundo ele, “há cinco anos que continuamos a andar num deserto”.
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“Assistimos aos atrozes sofrimentos das crianças, à agonia de seus pais e estamos constantemente rodeados pelo ódio e pela morte”, indica o Patriarca.
Por sua vez, Dom Louis Sako constata que no Iraque só restaram os mais pobres, pois quem podia deixar o país já o fez.
“Milhares de crianças nos campos de refugiados passam fome, mas têm sobretudo sede de futuro: querem uma escola e uma casa”, observa ele, ao implorar por oração e jejum “para que possamos permanecer na nossa amada pátria e para que quem já a deixou possa retornar”.
A Fundação AIS de Portugal já convocou todas as paróquias, movimentos e comunidades religiosas a participar e a divulgar esta iniciativa.
Confira também:
Comida se tornou a “arma mais mortal” na guerra civil síria, denuncia padre da Fundação AIS https://t.co/EXJIOsdwyJ pic.twitter.com/Gc6vbRS2Fy
— ACI Digital (@acidigital) 19 janeiro 2016