Lima, 3 de fev de 2016 às 16:30
Junto com o recém-inaugurado templo de Lúcifer na Colômbia se uniram uma série de seitas satânicas que se expandiram pela América Latina e com particular difusão no Peru. A que se deve este fenômeno e como pode afetar os familiares dos adeptos destas seitas? Esta é a pergunta que o exorcista espanhol José Antonio Fortea responde na nossa matéria.
No dia 30 de janeiro o encarte “Somos” do diário peruano El Comércio publicou imagens e declarações recolhidas durante uma sessão da autodenominada “igreja maior de Lúcifer” (IML). O grupo se teria estabelecido no Peru no fim do ano passado.
“Eu sou o centro da Encruzilhada, o X, o eixo dentro do redemoinho do caos e da escuridão”, pronunciaram os adeptos da seita durante a sessão satânica, conforme reportou a revista. Os participantes estavam vestidos de negro com diversos amuletos de estrelas de cinco pontas e figuras demoníacas.
A IML, criada na véspera do Halloween de 2015 em Old Spring Town, Texas (Estados Unidos), assegura ter atualmente sedes em outros países da América Latina como a Argentina, Colômbia, Costa Rica, Equador, México e Paraguai.
Em sua página do Facebook, os satanistas sustentam que “‘Lúcifer’ significa ‘portador da luz’, e esta luz é o conhecimento libertador que pode converter o ser humano em um deus”.
Em declarações ao grupo ACI, o Pe. Fortea indicou que “a ideia de que Lúcifer é um ser de luz não é nova. Entretanto, embora seus adeptos insistam em repetir tal coisa, representam-no como um ser de escuridão, maléfico e de sentimentos completamente tenebrosos”.
“Nem eles mesmos se acreditam nisso de que este ser seja um semeador da luz. Afirmam que é luz, mas o pintam do modo mais sinistro possível”, destacou.
O exorcista espanhol lamentou que “em nossa geração, cada vez mais afastada de Deus, vai aumentando o número de insensatos que se dirigem conscientemente para um caminho de plena escuridão”.
“O problema é a sociedade sem Deus que vai se estendendo por todo o planeta. Uma imensa sociedade sem religião cada dia mais hostil com os cristãos”, indicou.
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Consultado sobre se os familiares e pessoas próximas aos membros destas seitas devem temer algum dano demoníaco, o sacerdote explicou que “os pais, irmãos e vizinhos de pessoas adoradoras do demônio não devem ter medo (dele). O demônio não pode nos fazer o mal que deseja”.
“Os demônios se pudessem nos causa mais dano, o fariam. Mas Deus põe barreiras que não podem transpassar”, assinalou.
O Pe. Fortea assegurou que “a oração é sempre eficaz” para ajudar pessoas que ingressaram em seitas satânicas para que elas as abandonem.
“As preces que fazemos a Deus e aos santos sempre chegam ao coração dos seguidores de Satanás”, sublinhou.
Embora é certo que estas pessoas “podem resistir a estas graças” de Deus, “se eles resistirem, nós podemos insistir”, afirmou.
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— ACI Digital (@acidigital) 25 agosto 2015
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