Para muitos o Estado Islâmico representa violência, ameaça e gera inclusive ódio. Entretanto, um sacerdote francês fez uma “ousada” proposta para pôr um fim a tudo isso: “rezar pela conversão dos jihadistas, porque com certeza há um futuro São Paulo entre eles”.

O Pe. Jacques Philippe é o primeiro sacerdote da Comunidade das Bem-aventuranças, uma família eclesiástica de vida consagrada de inspiração carmelita. Seu apelo de rezar pelos terroristas nasceu durante uma entrevista com William Fahey, presidente da Universidade de São Tomás More, em New Hampshire (Estados Unidos).

A respeito da situação de violência no mundo atual, o sacerdote comentou que “a fragilidade de nossas sociedades nos mostra que devemos encontrar nossa segurança, nossa esperança e nossa paz em Deus”.

“Somos chamados a conversão pessoal para viver e pregar a vida dos Evangelhos, que por si só tem o poder de arrancar completamente a violência do coração do homem”, expressou.

Em seguida, o sacerdote acrescentou: “Não devemos esquecer que a violência não existe somente nos outros, mas também reside em nós, embora não seja tão visível, mas está aí”.

Segundo o Pe. Philippe, o homem é chamado a “coisas maiores que o universo. O homem precisa experimentar certas coisas que abrirão novos e maiores horizontes do que a realidade material. Quando o homem perde o sentido de sua vida, busca preencher esse vazio com sensações fortes: drogas, sexo, esportes extremos e, às vezes, com a violência”.

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Nesse sentido, assinala o sacerdote, esse vazio deve ser preenchido com Cristo. Além disso, recomenda aderir-se a uma comunidade cristã, pois esta “nos leva a estar mais perto de Deus, do homem e dos sofrimentos das pessoas”.

A atitude dessa comunidade cristã deve ser “um lugar onde todos sejam bem-vindos e amados pelo que são, com suas virtudes e defeitos”. Na opinião do Pe. Philippe, essa justamente deve ser a atitude dos cristãos frente aos terroristas do Estado Islâmico: estar perto de Deus e assim estar perto dos sofrimentos do homem.

“O Espírito Santo trabalha nos cristãos que, depois de ter vivido a experiência do amor e da misericórdia de Deus, respondem ao chamado de um encontro pessoal com Cristo através da oração, a qual nos leva a uma viagem de simplicidade, confiança e liberdade”, comentou.

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