NAVARRA, 5 de fev de 2016 às 16:30
Ante a terrível situação do Oriente Médio devido aos constantes ataques do grupo terrorista Estado Islâmico (ISIS), o arcebispo e vigário patriarcal da Igreja ortodoxa, Nicolaos Matti Abd Alahad, assegurou que “não existe nenhuma casa na Síria que não tenha tido pessoas mortas”.
Durante sua intervenção em uma exposição na Universidade de Navarra (Espanha), o líder ortodoxo assegurou que é comum que aconteçam diariamente matanças de jovens cristãos e que as mães se despeçam de seus filhos quando vão para a escola “como se fosse a última vez que os veem”. Ele mesmo sofreu a perda de um sobrinho que foi assassinado pelos terroristas muçulmanos.
Além disso, o arcebispo explicou a forma de proceder do Estado Islâmico: “Primeiramente, eliminam qualquer símbolo do cristianismo. Logo depois, obrigam os crentes a mudar de religião para que se salvem e a entregar grandes quantidades de ouro ou abandonar seus lares. Caso não aceitem estas opções, a última é a morte”.
Deste modo, destacou que alguns cristãos sírios recebem em seus lares algumas pessoas que são perseguidas em seu próprio país. Não obstante, lamentou que aqueles que conseguiram sair para a Turquia apenas encontraram “uma morte que os esperava no mar”.
Finalmente, Abd Alahad advertiu: “Este câncer chamado ISIS” está perto da Europa porque em muitos dos seus países o terrorismo foi avivado, pois “prevaleceram os seus interesses antes que os da sociedade”, por isso que pede que sejam prudentes.
Parlamento Europeu qualifica a perseguição contra os cristãos como genocídio
O Parlamento Europeu aprovou ontem uma resolução para que os crimes e as crueldades cometidas pelo ISIS na Síria e no Iraque sejam qualificados como “atos de genocídio”.
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A resolução foi apresentada e apoiada por membros de todos os grupos do Parlamento Europeu e nela se expressa a “terminante condenação do denominado Daesh e de suas cruéis violações dos direitos humanos, que constituem crimes contra a humanidade e crimes de guerra”.
A guerra civil na Síria começou em 2011, somada à perseguição religiosa causada pelo Estado Islâmico, provocou que milhões de deslocados viajassem à Europa para procurar refúgio.
Embora muitos sírios e iraquianos fugiram aos países próximos como a Turquia, a Jordânia e o Líbano, é quase impossível ingressar em outros estados árabes devido às restrições no visto e nas permissões de trabalho.
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— ACI Digital (@acidigital) 5 fevereiro 2016