ROMA, 6 de mai de 2005 às 14:50
O Pastor protestante de uma localidade da Suécia será encarcerado por afirmar que as uniões homossexuais são contrárias aos valores cristãos. Insolitamente um tribunal decidiu que estas afirmações violam a lei sobre “discriminação”.
O Tribunal de Justiça do Kalmar estipulou em sua condenação que Ake Green, pastor no povo do Pingstkyrkan, é um homem perigoso porque durante uma homilia pronunciada em julho passado fez “expressões pejorativas contra os homossexuais”.
Em declarações à revista Época, Green disse que sua intenção “foi despertar às pessoas e lhes fazer ver o que é que está acontecendo com nossa sociedade e com os nossos valores, advertir da imoralidade” e que as autoridades vejam “a verdadeira situação em que vivemos”.
Para o Green, o que têm feito os juizes é impedir a uma pessoa “apoiar suas crenças sobre a Bíblia e a partir daí dar sua opinião”.
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Apesar de que sua defesa denunciou a violação da liberdade de expressão e profissão religiosa, o pastor deverá purgar prisão ou optar pela detenção domiciliária com um monitor eletrônico de tornozelo, aplicado a réus de alta periculosidade. Isto último foi rechaçado pelo Green.
Finalmente, advertiu que o “matrimônio” entre pessoas do mesmo sexo atenta “contra a ordem da natureza”, ao igual à adoção de meninos como homossexuais. Para o Green este tipo de fatos retorcem “a realidade da vida”.
Na Suécia o aborto é legal e as crianças podem ser adotadas por casais do mesmo sexo. O próximo passo será a equiparação das uniões homossexuais ao matrimônio.