Cidade do México, 22 de fev de 2016 às 17:00
No dia 17 de fevereiro, o último dia da visita do Papa Francisco ao México, a Procuradoria Geral da República (PGR) deteve Jorge Serrano Limón, fundador do Comitê Nacional Pró-vida, acusado de um suposto delito de má administração de recursos, uma manobra que estaria sendo orquestrada por grupos abortistas.
Segundo informa o SIAME (Sistema Informativo da Arquidiocese do México), a licenciada Rocio Gálvez, Presidente do Pró-vida, disse que esta ação da PGR responde a uma denúncia interposta há mais de dez anos por grupos anti-vida como GIRE, Letra S e Equidade em Cidadania e Gênero.
Estes grupos, assinala Gálvez, não estavam de acordo que o governo tivesse dado ao grupo pró-vida 30 milhões de pesos (1,6 milhões de dólares) para diferentes projetos em defesa dos não-nascidos e suas mães.
Gálvez explicou que o dinheiro foi utilizado na compra de aparelhos de ultrassom e de todos os materiais necessários para usá-los. “Entretanto, a explicação da PGR é que somente estava autorizada a compra dos aparelhos”, indicou.
“Esta não foi a primeira vez que Jorge Serrano foi vítima de perseguições judiciais injustas por ter defendido os não-nascidos e suas mães. Nesta ocasião, praticamente foi sequestrado pelas autoridades mexicanas e somente logo depois de transcorridas umas horas lhe permitiram falar com sua esposa”, declarou ao Grupo ACI o Pe. Víctor Salomon, de ‘Sacerdotes por la Vida’ no México.
O sacerdote destaca que “é precisamente a retidão de Jorge no anúncio do Evangelho da Vida e em seu não compromisso com ‘a cultura da morte e do descarte’ o que o fez sofrer estes ataques”.
“Elevamos nossos corações em oração por Jorge, sua família e toda a rede de apóstolos em defesa da vida que trabalham diretamente com ele. Não descansaremos até vê-lo novamente com seus familiares e salvando vidas do aborto”, conclui.
Por sua parte, a associação civil Generación ProVida (Geração Pró-vida) de Paraguai qualificou a detenção de Serrano Limón como “arbitrária” e reconheceram “o grande e honorável trabalho realizado pelo companheiro de causa através dos Centros de Ajuda à Mulher e os empreendimentos em defesa da vida e da dignidade humana no México” e na América Latina.
“Exigimos que sejam garantidos pelo Estado Mexicano todos seus direitos fundamentais, assim como o resguardo da sua integridade física e moral e dos membros da sua família”, acrescentam.
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Deste modo, a ‘Generación ProVida’ de Paraguai denuncia “a perseguição política e ideológica de Jorge Serrano Limón e toda a situação que foi difundida como se ele fosse o culpado, como uma estratégia de destruir a honrada associação e trabalho realizado pela defesa da vida humana e da dignidade das mulheres”.
Por sua vez, Luis Losada Pescador, editor global e diretor de campanhas de CitizenGo, disse ao Grupo ACI que, “em plena visita papal, o governo mexicano prendeu a pessoa que mais vidas salvou do aborto no México e provavelmente na América Latina”.
“Em um país no qual 97 por cento dos delitos ficam impunes, prenderam um líder pró-vida por questões administrativas. Estado de Direito ou excesso de jacobinismo?", questionou.
No voo de regresso do México a Roma, o Papa Francisco assegurou: “O aborto não é um ‘mal menor’. É um crime. É descartar um para salvar o outro. É aquilo que a máfia faz, eh? É um crime. É um mal absoluto”.
CitizenGo lançou um abaixo assinado para pedir a libertação de Jorge Serrano Limón, para assiná-la clique aqui: http://citizengo.org/es/33085-liberacion-inmediata-lider-provida?dr=282017::ad723382ea715e60fc8ba17ed776eefc&utm_source=email&mkt_tok=3RkMMJWWfF9wsRohv67BZKXonjHpfsXw4%2B8lUaKg38431UFwdcjKPmjr1YUARMR0aPyQAgobGp5I5FEBSrfYU6R5t6UIWg%3D%3D
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— ACI Digital (@acidigital) 18 fevereiro 2016