KANSAS, 25 de fev de 2016 às 18:00
Nos Estados Unidos, a cada 10 mil bebês nascidos, somente entre 2 a 12 terão microcefalia, uma doença que é consequência da falta de desenvolvimento no cérebro da uma pessoa.
“Não há nada que temer a respeito da microcefalia; não é algo fácil, mas nossa filha Anika é uma bênção”, disse à CNN Angelina Carter, uma mulher que mora em Kansas (Estados Unidos) e cuja filha padece desta doença.
A microcefalia apareceu nos meios de comunicação do mundo inteiro devido a algumas informações onde assinalam que poderia ser causada pelo vírus Zika nas gestantes. Entretanto, ainda não há comprovação.
“Somente queremos que as pessoas vejam que não devem temer”, acrescentou Angelina. Além disso, reconheceu que sua filha de 6 anos brinca e “nunca fica parada, o que não é algo ruim para uma criança que supostamente não poderia andar”.
Um exemplo parecido a este, é o de uma amiga da família Carter, Gwen Hartley, que tem duas filhas com microcefalia. Ela encorajou as mães que moram em regiões pobres e disse que “elas realmente são capazes de passar por isso” e que “esta será a experiência mais difícil de sua vida, mas também a mais gratificante”.
As palavras destas mães confrontam opiniões como as do escritório do Alto Comissionado de Direitos Humanos da ONU, o qual no dia 5 de fevereiro insistiu aos governos dos países afetados a oferecerem às mulheres “serviços de aborto seguro.
Segundo um recente relatório do Centro de Medicina Embrionária Experimental e Saúde Materna (Melisa Institute), de mais de 6 mil casos de mulheres grávidas com Zika na Colômbia, em nenhuma delas foi detectado um feto com microcefalia durante a gestação.
“A primeira vez que escutamos que os médicos estavam incentivando o aborto, isto cortou o meu coração”, comentou Angelina Carter.
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A família Carter teve a possibilidade optar pelo aborto: “Nos disseram: ‘sabem que ninguém julgaria vocês caso decidam abortar o bebê e ter filhos sadios dentro de alguns anos’. E se tivéssemos prestado atenção neles e acreditado que Anika nunca ia fazer nada, hoje ela não estaria onde está”.
“Essa é a melhor decisão que tomamos, pois ela simplesmente é uma menina maravilhosa”, disse Jesse Carter, esposo de Angelina.
Do mesmo modo, ofereceram um aborto à família Hartley: “Pensamos muito a respeito disto. Para mim, isto não era correto”, disse Gwen Hartley.
Segundo informações da Organização Mundial da Saúde, calculam que de 3 a 4 milhões de pessoas no continente serão infectadas com o vírus Zika nos próximos 12 meses.
Confira ainda:
“Cada dia com nossas filhas é um presente”, diz mãe de duas meninas com microcefalia https://t.co/a3CbPSeK5q
— ACI Digital (@acidigital) 11 de fevereiro de 2016