“Como gostaria que na Igreja cada fiel, cada instituição, cada atividade revelasse que Deus ama o homem!”, disse o Papa Francisco na manhã de hoje no Vaticano.

Ao receber em audiência os participantes do Congresso Internacional promovido pelo Pontifício Conselho Cor Unum sobre o tema “A caridade jamais terá fim, Perspectivas depois de dez anos do lançamento da Encíclica Deus Caritas est”, o Santo Padre assinalou que a caridade é o fundamento da história da Igreja.

“É a história do amor que recebemos de Deus e devemos levar ao mundo: esta caridade recebida e dada é o fundamento da história da Igreja e da história de cada um de nós”.

‘Deus Caritas est’ foi a primeira encíclica de Bento XVI publicada em dezembro de 2005 e “trata de um tema que permite percorrer toda a história da Igreja que, entre outras coisas, é uma história de caridade”, conforme manifestou Francisco.

O Pontífice acrescentou que “a caridade, portanto, está no centro da vida da Igreja e é verdadeiramente seu coração, como dizia Santa Teresa do Menino Jesus”.                                                                                                          

Acerca do Jubileu da Misericórdia que a Igreja está vivendo, “nos oferece também a ocasião de voltar a este coração palpitante de nossa vida e do nosso testemunho, ao centro do anúncio de fé: Deus é amor”.

“Deus não tem simplesmente o desejo ou a capacidade de amar; Deus é caridade: a caridade é sua essência, sua natureza. Ele é único, mas não é solitário; não pode estar sozinho, não pode fechar-se em si mesmo, porque é comunhão, é caridade, e a caridade por natureza se comunica, se difunde. Deste modo, Deus associa ao homem a sua vida de amor e, embora o homem se afaste Dele, Deus não permanece distante, mas sai ao seu encontro”.

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Enfim, “caridade e misericórdia, destacou, estão estreitamente ligadas, porque são o modo de ser e de agir de Deus: a sua identidade e o seu nome”.

Voltando para a encíclica, Francisco sublinhou dois aspectos que “nos recordam precisamente o rosto de Deus” e que “esta caridade deve se espelhar sempre mais na vida da Igreja”.

Sobre o primeiro aspecto o Santo Padre explicou que Deus “derrama incansavelmente sua caridade sobre nós e estamos chamados a ser testemunhas deste amor no mundo. Por isso, devemos olhar para a caridade divina como a bússola que orienta a nossa vida antes de nos encaminhar para qualquer atividade”.

A respeito do segundo aspecto, comentou que “a missão caritativa da Igreja é importante, não só porque leva os homens a uma vida digna e mais humana, mas – sobretudo – porque faz com que todo homem se sinta concretamente amado pelo Pai, sente que é seu filho, chamado à vida Eterna com Deus”.

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