ROMA, 3 de mar de 2016 às 19:30
Nos últimos meses, o número de cristãos na Faixa de Gaza diminuiu a pouco mais de mil, advertiu o Pe. Mario da Silva, missionário do Instituto do Verbo Encarnado (IVE), que realiza trabalho pastoral nesta região do Oriente Médio.
Em uma reportagem feita por Andrés Bergamini e retransmitida pelo Patriarcado Latino de Jerusalém, o também pároco da igreja dedicada à Sagrada Família indicou que nos últimos dias, aproximadamente 30 jovens deixaram seus lares e que um número considerável de pessoas idosas faleceu.
A respeito da emigração dos jovens, o sacerdote indicou que a razão é porque ninguém acredita que a situação na Faixa de Gaza possa mudar. A este motivo, somam a falta de trabalho e o medo de uma nova guerra.
“Ouvimos histórias terríveis de pessoas desesperadas e famintas: ninguém tem trabalho, há muitas crianças e alguns doentes graves que necessitam de tratamento. As casas caem porque as paredes e o teto são de chapa, não há eletricidade. O frio do inverno penetra em todas partes”, comentou a Irmã Milagro, religiosa que também trabalha nesta região dividindo doações.
Apesar desta situação, o sacerdote destacou que os cristãos ainda têm o ânimo de manter viva sua fé e esperança. Atualmente a paróquia latina está trabalhando em 12 projetos que beneficiarão a população.
Receba as principais de ACI Digital por WhatsApp e Telegram
Está cada vez mais difícil ver notícias católicas nas redes sociais. Inscreva-se hoje mesmo em nossos canais gratuitos:
Antes do Natal, inauguraram uma sala de usos múltiplos, lugar no qual realizam reuniões de oração, catequese, jogos, entre outras atividades.
Por outro lado, o Pe. Mario da Silva manifestou que espera que pelo menos cinco jovens cristãos de Gaza possam participar da próxima Jornada Mundial da Juventude com o Papa Francisco na Polônia. Acrescentou que também espera que as autoridades israelenses permitam que um grupo de cristãos de Gaza, que têm entre 16 e 35 anos, possam entrar em Jerusalém para os ritos da próxima Páscoa, pois normalmente não lhes dão permissão.
Confira também:
Conflito em Gaza deixa 400 mil crianças e adolescentes com problemas psicológicos, denuncia Cáritas Jerusalém http://t.co/elL1AjVOnZ
— ACI Digital (@acidigital) 8 de setembro de 2014