Roma, 9 de mar de 2016 às 19:00
No próximo dia 15 de março, o Papa Francisco presidirá o consistório para a canonização de cinco beatos, entre eles o Pe. Estanislau Papczynski, sacerdote polonês que será elevado aos altares graças a cura inexplicável de uma jovem a quem os médicos já tinham desligado os aparelhos que a mantinham com vida.
No dia 21 de janeiro de 2015, a Santa Sé aprovou o milagre atribuído à intercessão do Beato Estanislau de Jesus e Maria Papczynski (1631-1701), fundador da Congregação dos Clérigos Marianos da Imaculada Conceição da Bem-aventurada Virgem Maria.
O milagre foi a cura de uma jovem polonesa de 20 anos, que aconteceu pouco depois da beatificação do sacerdote em 2007. A mulher sofria de um problema respiratório semelhante a um resfriado comum, entretanto, todos os tratamentos antibióticos falharam.
Seu estado de saúde piorava cada vez mais até que perdeu a consciência e seu corpo começou a apagar-se. O médico informou à família que seus pulmões estavam destruídos e que sua morte era eminente.
Logo depois de consultar a família, os médicos decidiram remover o aparelho que a mantinha com vida. Isto foi na quarta-feira da Semana Santa. A mãe estava sofrendo e foi rezar em uma igreja. Uma catequista se aproximou dela, pois estava chorando, e entregou-lhe um folheto que continha instruções para rezar uma novena a fim de pedir a intercessão do Beato Estanislau.
A mulher animou a mãe a fazer esta novena e confiar na graça de Deus por meio da intercessão do beato polonês. A mãe, junto com seu esposo e outros familiares, começou a rezar.
Por sua parte, embora houvessem retirado os aparelhos, a jovem continuava viva. Logo depois, recuperou a consciência e durante os dias nos quais continuaram rezando a novena ela se recuperou totalmente.
Isto fez com que os médicos – no último dia da novena – fizessem uma nova prova de raios X aos pulmões. Ficaram surpreendidos ao ver que os pulmões da jovem estavam curados, como se fossem os pulmões de um bebê.
A jovem recebeu alta do hospital durante a semana da Páscoa com uma cura medicamente inexplicável. Seu casamento, previamente programado, aconteceu pouco depois. Atualmente tem dois filhos e está muito bem de saúde.
Uma equipe médica da Santa Sé revisou o caso e no dia 17 de setembro de 2015 (no 314° aniversário da morte do beato) afirmou por unanimidade que a cura da mulher não tem uma explicação científica ou natural.
Em 10 de novembro a equipe de teólogos declarou que a cura ocorreu por intercessão do Beato Estanislau; e no dia 13 de janeiro de 2016 a Congregação para a Causa dos Santos aprovou o milagre. Oito dias depois, o Papa Francisco autorizou a promulgação do decreto.
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Um presente de Deus
O Pe. Andrzej Pakula, Superior Geral da congregação fundada pelo beato, disse que a rápida canonização será “um presente” para eles e para toda a Igreja. “Seu exemplo de total dedicação a Cristo e à Igreja, seguindo o exemplo da Imaculada Mãe de Nosso Senhor, é tão grande que nos atrairá mais a uma vida Santa”, disse.
Beatificado em 2007, o Beato Estanislau foi um prolífico escritor que exortava o mundo a contemplar a misericórdia de Deus e dirigir-se à Maria para pedir sua orientação e cuidados. Além disso, é recordado como um excelente sacerdote que pregou e praticou o amor de Deus aos outros.
Logo depois de viver os estragos da guerra, o Beato foi testemunha de milhares de mortos nos campos de batalha e também de pragas.
Como capelão das tropas polonesas durante a guerra contra Turquia na Ucrânia em 1674, estava profundamente triste ao ver como tanta gente morria sem tempo de preparar-se para seu encontro com Deus.
Além disso, teve visões das almas do Purgatório depois não de pedir orações e fazer penitência. Nesse sentido, oferecer suas vidas pelas almas do Purgatório continua sendo um dos carismas da congregação que fundou em 1673 e que é a primeira ordem de homens dedicada à Imaculada Conceição.
“Este é um homem santo, alguém a quem podemos ir em oração e aprender”, afirmou o irmão Andrew Kaczynski, vice-postulador na América do Norte e na Ásia para a Causa de Canonização dos Marianos.
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— ACI Digital (@acidigital) 5 março 2016