Ante a aprovação na Câmara de Deputados do projeto de lei que busca despenalizar o aborto, o médico e reitor da Pontifícia Universidade Católica do Chile (PUC), Ignácio Sánchez, explicou que, caso a lei seja finalmente aprovada, pedirão “o consentimento escrito, a objeção de consciência escrita, ou como tiver que ser feito, para todos os médicos” da instituição.

 

Sánchez assinalou em outras ocasiões que não permitirá que sejam praticados abortos em tal local de estudos, afirmou também que pedirão que seja ampliada objeção de consciência para toda a equipe de profissionais da rede de saúde (enfermeiras, técnicos, anestesistas, etc.).

Em uma entrevista concedida ao jornal ‘La Tercera’, o reitor sustentou que “as instituições têm direito a ter um ideal, um fim, uma missão fundacional, e sobre isso atrai livremente profissionais, professores, alunos, etc”.

“Os médicos que trabalham nesta instituição foram convocados voluntariamente, se reuniram porque estão convencidos da missão institucional da Universidade, dentro da área da saúde, sua missão é preocupar-se pelas pessoas, curar, evitar danificar e respeitar a vida da concepção até a morte natural”, assinalou.

Atualmente, os profissionais que trabalham nos centros de saúde da Universidade Católica assinam uma declaração através da qual se aderem aos princípios da instituição, que inclui obviamente o respeito pela vida humana da sua concepção até a morte natural.

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Neste sentido, o reitor Sánchez afirmou: “Em uma eventual aprovação de leis deste tipo, deve ser respeitada a missão profunda, a convicção e a identidade de certas instituições, que podem ser uma ou duas, ou poucos que permitam também dar pluralidade ao sistema nacional”.

Sánchez explicou ainda: “Há um ano estamos difundindo nossa postura a fim de que as pessoas entendam que o aborto significa que uma criança entra viva do pavilhão e sai morta. Este não é um fato inesperado, impossível de ser evitado, mas o que irão fazer com esta criança será com o fim de matá-la”.

“O Chile tem a taxa mais baixa de mortalidade materna de toda a América Latina e uma das melhores do mundo. Não é verdade quando dizem que centenas de mães estão morrendo por aí”, sublinhou.

Na última quinta-feira, 17, a Câmara de Deputados aprovou o projeto de lei do aborto por 66 votos a favor e 44 contra. Agora o debate passa ao Senado para a votação final.

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