Foi com surpresa que o Bispo de Macau, Dom Stephen Lee, recebeu a notícia de que as autoridades de Pequim não iriam autorizar a ida de estudantes chineses para a Universidade de São José, conforme informou a Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN).

O Prelado afirmou à TDM, uma televisão local, que não compreende “nenhuma razão” que justifique a “rejeição do pedido” apresentado pela Universidade de São José, considerando esta decisão como “bastante injusta”.

Fundada em 1996, a Universidade de São José é ligada à Diocese de Macau e também à Universidade Católica Portuguesa, tendo o território de Macau sido administrado anteriormente por Portugal.

A intenção da Universidade era acolher em setembro cerca de 60 alunos provenientes da China continental, no novo campus na Ilha Verde.

Entretanto, o governo chinês não permitiu que esses alunos realizassem seus estudos em Macau.

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Artigos publicados localmente referem que esta decisão deverá ser vista como “um teste” das autoridades de Pequim à personalidade do novo Bispo, o qual poderá desejar o território de Macau com uma voz independente e forte, como na antiga colônia britânica de Hong Kong.

Dom Stephen era Bispo auxiliar da Diocese de Hong Kong quando foi nomeado Bispo de Macau, em janeiro passado, pelo Papa Francisco. Tanto a antiga colônia britânica como Macau pertencem a regiões administrativas especiais, com estatuto próprio que salvaguarda, entre outras coisas, a liberdade religiosa para os seus residentes e que dá corpo ao conceito de “um país, dois sistemas”.

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