Líderes judeus expressaram sua confiança no Papa Bento XVI pois, durante as duas primeiras semanas de pontificado, mostrou "bom sinais" que indicariam a continuação do trabalho de João Paulo II quanto às relações cristãs.

"Claramente, Bento demonstrou que seu compromisso com o diálogo entre católicos e judeus é forte, talvez mais forte que o de seu predecessor", assinalou o rabino David Rosen, diretor de assuntos interreligiosos do Comitê Judaico-Americano, em declarações à Agência Telegráfica Judaica em 5 de maio.

Os líderes judeus destacam que o Santo Padre mostrou seu intenso compromisso com o diálogo Inter-religioso no dia seguinte à sua eleição. Nesse dia escreveu ao chefe de rabinos de Roma, Ricardo Di Segni, e a outros rabinos mais, convidando-os à Missa de inauguração de seu pontificado e rogando para que as relações entre católicos e judeus se intensifiquem. Quatro dias depois, durante sua homilia na Eucaristia, o Pontífice destacou que o povo judaico merece reconhecimento.

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Rosen explicou que "quando o Papa Bento XVI serve como prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, este expressou que a relação da Igreja com o judaísmo é distinta a suas relações com outras religiões. Ele vê o judaísmo como a autêntica fundação da Igreja".

David Kertzer da Brown University está de acordo em que a comunicação do Papa com os líderes judaicos logo que iniciou seu pontificado é um "bom sinal".

Os líderes judeus, em geral, esperam mais sinais deste diálogo judaico-católico quando, dentro de pouco tempo, será celebrado o 40º aniversário da declaração Nostra Aetate, o documento do Concílio Vaticano II que reprova toda forma de anti-semitismo.